Apontado como um dos 100 melhores gestores do país e o terceiro melhor do Estado, em pesquisa realizada pela União Brasileira de Divulgação, em 2017, o prefeito Francis Maris Cruz (PSDB) está disposto a encerrar, de forma precoce, seu projeto político. Embora não demonstre publicamente, ele se sentiu desprestigiado, com a cúpula do partido que, praticamente, já definiu a composição da chapa majoritária para as eleições do próximo dia 5 de outubro.
Reeleito a prefeito em 2016, com o maior número de votos da história de Cáceres, Francis pretendia entrar na disputa por uma das duas vagas da legenda para senador da república. A definição realizada, em uma reunião, na semana passada, na residência do governador Pedro Taques (PSDB) o deixou, praticamente, alijado do processo.
“Infelizmente a cuaibania se prevaleceu. Mas estou, absolutamente, tranquilo. Vou continuar prefeito até no final do mandato, trabalhando e dando o melhor de mim para nossa cidade” disse revelando que havia conversado com o governador a respeito do seu projeto político (de ser candidato a senador). “Cheguei a conversar com o governador a respeito. Mas, o que decide no partido é em grupo. E foi decidido dessa forma”.
A composição majoritária a que se refere o prefeito é a reedição da chapa vencedora das últimas eleições, em 2014, com Taques candidato a governador e Carlos Faváro (PDS) a vice.
Nas duas vagas a senador da república a que o partido tem direito, em uma, os nomes cotados são do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que estava em crise com Taques ou o ex-governador e ex-senador Jayme Campos (DEM) e a outra, a ideia do grupo é lançar o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) ou o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).
Mesmo não sendo lembrado pela cúpula, Francis diz que continua fiel e que mantém o apoio ao governador Pedro Taques. “Devo continuar como prefeito até no final do mandato em 2020 apoiando o governador Pedro Taques que tem feito muito por Cáceres”. Indagado quanto a uma possível candidatura a deputado federal, por exemplo, ele descartou. “Isso está descartado. Eu tenho um compromisso de apoiar a candidatura do doutor Leonardo, seja a deputado estadual ou federal”.