O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) recebeu mais de 96,6 mil ligações com informações falsas em 2017, um aumento de 34% em relação ao mesmo período de 2016, quando 66,2 mil trotes foram registrados.
As estatísticas indicam que, na maioria das vezes, os trotes são passados por crianças ou adolescentes que usam o telefone fixo de casa quando os pais não estão, o celular ou um telefone público. Por isso, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) passou a realizar palestras nas escolas para alertar os alunos sobre as consequências desse tipo de “brincadeira”.
De acordo com a Sesp, o que mais preocupa são as falsas comunicações de crimes feitas por adultos.
Em 2012, por exemplo, um trote mobilizou cerca de 80 profissionais, várias viaturas e um helicóptero, causando um prejuízo de R$ 25 mil, dinheiro público que poderia ser aplicado no atendimento de outras ocorrências onde realmente pessoas precisavam de ajuda. Na época, o autor foi identificado e preso.
Segundo um levantamento do senado federal publicado em 2015, as falsas ligações para número de emergência podem custar ao país cerca de um bilhão por ano.
De acordo com o Código Penal, trote é crime e pode ser punido com seis meses de prisão ou multa.