A rescisão trabalhista dos 25 colaboradores do Hospital O Bom Samaritano custará aproximadamente R$ 300 mil e as dividas chegam a R$ 700 mil, totalizando um milhão de reais.
A revelação foi feita ontem, 15, pelo prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), ao falar sobre a realização de um bingo e de um leilão de gado, cuja finalidade é arrecadar o montante necessário para liquidar as dívidas e encerrar as atividades do hospital.
Os dois eventos, segundo o prefeito serão realizados em maio. O bingo já está com as cartelas a venda. Quanto ao leilão, ele disse que começou pessoalmente a pedir doações.
Francis também anúnciou que o município vai alugar o prédio do O Bom Samaritano e que depositará o valor na Justiça do Trabalho para garantir o pagamento de ações trabanhistas.
Ele anúnciouainda que o complexo com 32 leitos será transformado em um amplo centro de saúde para atender a região da grande Cavalhada.
História
O Hospital O Bom Samaritano foi fundado em 1972 pelos Freis Holandeses, em missão religiosa em Cáceres.
Prestou atendimento dermatológico a pacientes carentes de várias cidades de Mato Grosso, Rondônia e até da Bolívia.
Até o ano de 2005 contou para sua manutenção com recursos do SUS, apoio da comunidade, mas principalmente com apoio financeiro da Fundação Memisa da Holanda.
Já em 2006, sem o apoio da Holanda, o hospital passou por situações de emergência e com risco de encerramento dos trabalhos por falta de recursos financeiros, fato que levou o então presidente Frei Gumaru, preocupado, frente as dívidas que se acumulavam, chamar a sociedade organizada para que juntos encontrassem um meio de mantê-lo ativo. Não conseguiu.
Mas recentemente, a mudança da politica nacional do tratamento de doenças tropicais, acabando com as internações, fez o hospital perde a sua finalidade. O Estado e a prefeitura deixaram de ter a obrigação de contribuir com a manutenção do hospital já que isso ficou sob competência exclusiva do SUS.
Bingo
No próximo dia 12 de maio na praça Estela Ambrósio acontecerá o festival de prêmios.
Serão 5 motos, com cartelas a R$ 20.
Para que a ação atinja seus os objetivos os organizadores estão convocando a comunidade a ajudar a vender as cartelas. A cada dez vendida, o interessado receberá uma cartela como comissão. Quem tiver interesse deve procurar o hospital no horário comercial.