Articulações politicas mais recentes sugerem uma possível pré-candidatura do prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz, a vice-governador na chapa encabeçada pelo governador Pedro Taques, candidato a reeleição pelo PSDB. A composição da chapa Taques/Francis foi cogitada durante a convenção regional do partido, realizada no dia 6 em Cuiabá. Embora se demonstre otimismo, o governador não bateu o martelo, porque necessita de apoios de outros partidos para compor a coligação.
Os governistas apostam na reeleição de Taques por um único motivo: todos os governadores do Estado que tentaram a reeleição foram eleitos. Porém, esbarram na insatisfação de muitos ex-aliados descontentes por sucessivos erros da gestão, como por exemplo, atrasos na concessão do RGA dos servidores estaduais e a crise na saúde com atraso dos repasses aos hospitais e até mesmo o fechamento de algumas unidades como a Santa Casa de Pontes e Lacerda e o Hospital O Bom Samaritano em Cáceres.
Além do prestígio, por ser avaliado em pesquisa pela Federação Nacional de Prefeitos (FNP), como um dos melhores gestores do país e o terceiro melhor de Mato Grosso, em 2016/2017, a cúpula do partido avalia que Francis, pelo seu perfil de liderança, pode ser o indicado para conter a rebelião de dezenas de prefeitos, de várias regiões do Estado, descontentes com a atuação do governador. A começar pelas reiteradas críticas feitas pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) Neurilan Fraga.
Pesa ainda a favor do prefeito, o apoio dos colegas da chamada Grande Cáceres que, em reunião no final de fevereiro, em Pontes e Lacerda, se solidarizaram com a proposta de ter um representante da região do Congresso Nacional ou no governo do Estado. Composta por 21 municípios, a região conta com cerca de 220 mil eleitores que pode ser decisivo em uma eleição. E, ainda da classe empresarial que reconhece a competência e austeridade do prefeito e tem certeza que essa postura pode ser levada ao Palácio Paiaguás.
Francis confirma a sugestão. Porém, diz que respeita a decisão do governador em “sondar” o vice de outras legendas para compor a coligação.
“Isso realmente foi cogitado. Mas, não será fácil acontecer. Dificilmente o PSDB lançará chapa pura. O governador tem toda razão em sondar outros partidos para compor a aliança. No entanto, se for necessário, o meu nome estará à disposição” afirmou assinalando que, outros líderes sugeriram uma pré-candidatura a deputado federal. O que, segundo ele, está descartada. “Eu tenho compromisso com os pré-candidatos do meu partido: o deputado doutor Leonardo e o vereador Cesare Pastorello. Quem não votar em um vota no outro”.