As denúncias que resultaram na deflagração da Operação Merenda Segura nesta quarta (4), em Cáceres, vieram de professores e servidores das escolas supostamente afetadas. A informação foi dada pelo delegado da Polícia Federal, Carlos Augusto Schwengber.
“(Eles denunciaram) que as merendas não chegavam para os alunos como deveriam e que aconteciam alguns casos dos produtos serem entregues vencidos ou com o prazo de validade apagado ou adulterado”, explica em coletiva à imprensa.
O delegado pontua que foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas escolas estaduais São Luiz e Senador Mario Motta, em uma empresa fornecedora de produtos e em um órgão público que realizava os processos administrativos e licitatórios para a compra dos alimentos.
“O caso foi levado até o Ministério Público Federal (MPF), que posteriormente encaminhou os documentos para a PF, que instaurou o inquérito. Depois de ouvir testemunhas do caso, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos”, diz o delegado.
Um mercado também é alvo dos federais. Trata-se do Mercado Cristal, no bairro Rodeio. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo Federal da 1ª Vara da Subseção Judiciária de Cáceres, onde tramita o inquérito.
Operação
A PF deflagrou nesta quarta a Operação Merenda Segura com o objetivo de investigar supostos desvios no emprego de verbas públicas federais destinadas à educação. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Cáceres.
De acordo com a apuração do , os supostos desvios de merendas chegaram a ser assunto entre os funcionários de uma das escolas. Uma servidora de uma unidade comentou com a reportagem que apesar de ninguém ter nenhuma ideia se o problema era real ou não, conversas de corredor pontuavam sobre a suposta existência deste esquema.
Ainda entre as ações para apurar os desvios, a secretaria estadual de Educação (Seduc) afirma que afastou recentemente o diretor da unidade Senador Mário Motta por denúncias de irregularidades na gestão. Uma interventora está no lugar do diretor afastado.