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Denunciada de perseguição e ameaças diretora da cadeia diz que trabalha dentro do que é legal
Por Sinézio Alcântara
10/12/2018 - 18:39

Foto: Sinézio Alcântara

Uma denuncia anônima encaminhada, no final de semana, há vários meios de comunicação, relatam uma série de supostas irregularidades, praticadas pela diretora da Cadeia Pública Feminina de Cáceres, Franciskely Moreira.  Entre elas, suposto assédio moral – perseguição a funcionários; favorecimento a um grupo de servidores, em detrimento a outros; e escalação de apaniguados para receber diárias. Consta ainda na denúncia, que a diretora estaria acobertando relacionamento entre servidores, bem como relacionamento de um servidor com uma reeducanda.

O denunciante conta em detalhes, as supostas irregularidades. Afirma que, para facilitar o relacionamento, ela os escala sempre no mesmo plantão. Diz ainda que “tanto é que, recentemente, para ficar longe das câmeras de monitoramento mudou o alojamento masculino para o lado feminino”. Cita que, a diretora constrange e ameaça servidores dizendo que “a qualquer momento haverá transferência e aquele que dão trabalho serão mandados para o cadeião”. Enfatiza ainda que, ela “deixa servidores sem material de higiene nos finais de semana, pois fica com a chave do almoxarifado” (abaixo a integra da denuncia).

A diretora rechaça veementemente as denúncias. Em nota enviada ao Jornal Expressão, Franciskely diz que trabalha de acordo com a previsão legal  e em conformidade com o que determina o Manual de Procedimento Operacional Padrão dos Sistema Penitenciário. Ela esclarece que a remoção de agentes para a cadeia masculina foi realizada em conformidade com a Superintendência Penitenciária e não para perseguir nenhum servidor. A diretora diz ainda que a direção está aberta ao diálogo com os servidores e reforça que não há nenhum ato de perseguição. (Abaixo a integra do esclarecimento).

Assim como há descontentes com a diretora, existe também quem se manifesta a favor da atual administração. Um servidor que sugeriu não revelar o nome disse que “Franciskely vem realizando um excelente trabalho na cadeia. As pessoas que estão jogando pedra são as que não querem um trabalho sério e responsável” disse acrescentando que “trabalho na cadeia há muito tempo, nunca presenciei qualquer tipo de perseguição ou ameaças. Tudo não passa pessoas com dor de cotovelo”.

Por outro lado

Trabalhamos de acordo com a previsão legal e em conformidade com o que está no nosso Manual de Procedimento Operacional Padrão do Sistema Penitenciário. Esclareço que a remoção de agentes para a cadeia masculina da cidade foi realizada em acordo com a Superintendência Penitenciária e não para perseguir nenhum servidor, mas sim, em função da necessidade de auxiliar a demanda da cadeia masculina, que tem muito mais presos custodiados, em comparação com o quadro de servidores e presas da unidade feminina. A direção está aberta ao diálogo com os servidores e reforça que não há nenhum ato de perseguição ou ameaça, como faz supor as reclamações. Trabalhamos dentro do que é legal e conforme a lei de carreira do servidor penitenciário.

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