A Prefeitura de Cáceres, em parceria com a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira do Governo Federal) está introduzindo na agricultura do município o plantio de cacau, da variedade clonada. Através da Secretaria Municipal de Agricultura, o início da cultura será marcado com um lançamento oficial, a ser realizado no próximo dia 14 na chácara Barú, do agricultor José Aparecido Macedo, na Comunidade da Pedreira, proximidades do Parque dos Ipês. O horário está previsto para às 15 horas.
O secretário municipal de Agricultura, Junior Trindade, explica que a iniciativa partiu do prefeito Francis Marias Cruz, fazendo parte de uma série de ações que pretendem incrementar a produção do município, principalmente na Agricultura Familiar. “A Prefeitura foi em busca desta nova cultura, que será implantada em parceria. Queremos incentivar o produtor a abrir o leque de opções na cadeia produtiva, além de gerar empregos no campo. O cacau é uma boa alternativa para o agricultor ampliar a sua renda e melhora a qualidade de vida”, destaca Junior.
No lançamento, serão plantadas mil mudas, num espaço aproximado de 1,5 hectare de terra.
As mudas serão cedidas pela Ceplac, assim como as orientações técnicas.
Conforme informativo da Ceplac, o objetivo é colocar em Mato Grosso 10 mil mudas de cultivarias de cacau clonado, de alta produtividade, que produz por hectares, no mínimo, de 2.500 a 3 mil quilos, tendo como meta, resgatar o cultivo do cacau usando a tecnologia e beneficiar a Agricultura Familiar.
Atualmente, em Mato Grosso há apenas 1.200 hectares de cacau sendo cultivados. De acordo com a Ceplac, se um agricultor plantar um hectare de cacau clonado, produzirá, no mínimo, 2.500 quilos por ano. O preço hoje é de R$ 10 reais o quilo, em média.
Técnica
A técnica de clonagem consiste em permitir a reprodução assexuada de uma planta. Segundo informes técnicos da Ceplac, o objetivo é aprimorar geneticamente as sementes de cacau para produzir espécies resistentes ao fungo causador de uma doença chamada vassoura-de-bruxa, que ataca a produção cacaueira.
Depois da germinação, os pedaços extraídos das novas plantas clonadas, conhecidos como "garfos", estão prontos para serem enxertados nas árvores atingidas pela praga.
Em seis meses, a árvore clonada já possui copa própria, e a infectada pela vassoura-de-bruxa pode ser decepada. Para o produtor, essa técnica representa uma renovação mais rápida da lavoura. Em cerca de dois anos, a nova planta está pronta para produzir.