Ajudar na recuperação de pacientes. Com base nesse argumento, foi que o deputado estadual Silvio Fávero (PSL) apresentou o Projeto de Lei nº 648/19, permitindo a visita de animais domésticos e de estimação a pacientes internados em hospitais públicos e privados. A presença de bichos, cercada de todos os cuidados de saúde e higiene, já é permitida em várias unidades de saúde do Brasil.
A proposta que tramita na Assembleia Legislativa, visa garantir a terapia assistida por animais (ou terapia mediada por animais como também é conhecida), no tratamento de doenças, sob o aspecto físico e psicológico, que tem sido objeto de análise, há alguns anos, por cientistas que estudam a correlação entre o homem e o animal, mais precisamente a influência positiva que os animais têm na saúde humana.
Em seu projeto, Fávero cita diversos exemplos como o que ocorre nos Estados Unidos, onde hospitais permitem a entrada de animais de estimação nas unidades de internação, como forma de levar mais alegria e bem estar aos pacientes, ajudando-os na sua recuperação.
No Brasil, várias unidades de saúde, como o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das clínicas e Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, ambos em São Paulo, a APAE de Nova Iguaçu e a Casa abrigo Betel, ambas no Rio de Janeiro, permitem a entrada de animais de pacientes para auxiliar na recuperação.
“Quer seja uma criança, um adulto, um idoso ou uma pessoa doente, a verdade é que além de ser uma excelente companhia, os animais fazem bem à saúde, sendo verdadeiros prestadores de cuidados. A proposta não é inédita, basta pesquisar as ferramentas de pesquisas. Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, já adotaram essa terapia fantástica. Em Mato Grosso, com certeza, não deve ser diferente”, ressaltou Fávero.
Em Porto Alegre (RS), a visita inusitada de um cavalo foi determinante para a evolução no quadro de saúde do seu dono. Internado há meses no hospital Mãe de Deus, devido uma perfuração no intestino, Francisco Mena foi obrigado a conviver por um período longe do seu animal de estimação. Quando soube da permissão para entrada de bichos no local, não pensou duas vezes em solicitar a entrada do cavalo. O resultado depois disso, foi a sua nítida melhora. Mena passou a caminhar e se alimentar.
Restrições – O projeto prevê restrições ao animal, nos setores de isolamento; quimioterapia; transplante; assistência aos pacientes vítimas de queimaduras; Central de Material e Esterilização; unidade de tratamento intensivo (UTI); áreas de preparo de medicamentos; farmácia hospitalar e, nas áreas de manipulação, processamento, preparação e armazenamento de alimentos.