Após mais de 15 horas, reeducandas da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, continuam rebeladas nesta segunda-feira (22) e fazem reféns na unidade prisional. O motim iniciou por volta das 16h deste domingo (21) e, à princípio, 57 pessoas foram feitas reféns, sendo 56 familiares das próprias reeducandas e um agente prisional, de acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (Sejudh). Cerca de 4 horas depois, alguns reféns foram liberados. Até às 7h desta segunda-feira 35 adultos adultos, entre eles o agente prisional, e oito crianças, ainda são mantidos reféns. De acordo com Gilberto Carvalho, superintendente de Gestão Penitenciária da Sejudh, as negociações foram parcialmente suspensas por volta de meia-noite de hoje, mas um capitão do Batalhão de Operação Especiais (Bope), que tenta negociar as presas, permaneceu no local. saiba mais Detentas fazem reféns durante motim em presídio feminino de MT Segundo o superintendente, as detentas se revoltaram por causa da prisão de duas visitantes que foram flagradas com drogas durante revista neste domingo. "A gente entende que esse foi o estopim do motim. A maior reivindicação delas é a revisão das penas", disse. Ele informou que as detentas apresentaram uma lista de reivindicações. "Percebemos que elas não tem uma liderança porque quando são chamadas para negociar cada uma reivindica algo diferente, inclusive de ordem particular. Por isso, as negociações não avançam", explicou. As reeducandas também cobram menos rigor no momento da revista aos visitantes, principalmente no momento das revistas íntimas dos familiares, além da entrega total dos alimentos levados pelos visitantes. A assessoria de imprensa da Sejudh informou que a ação ocorre no raio 4, que abriga 34 reeducandas, onde o agente prisional é mantido refém. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) foi chamada para ajudar nas negociações.