Vice presidente Temer vistoria Operação Agata 6
Por Diário de Cáceres/Assessoria IFMT
19/10/2012 - 15:28
Foto: Clenilton Oliveira e Lucas Mateus
Clarice Navarro Diório, da Cáceres
O vice-presidente da República, Michel Temer destacou na manhã desta quinta-feira (18.10) em Cáceres (MT), o foco social das operações do Ministério da Defesa em região de fronteira. Acompanhado pelo Ministro da Defesa Celso Amorim, pelo governador do Estado Silval Barbosa e uma comitiva composta por 50 membros entre autoridades civis e militares, o vice-presidente visitou a Ação Cívico-Social (Aciso) realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Cáceres com oferta de serviços de saúde e cidadania à população. As ações integram a agenda do Ministério da Defesa que realiza na Fonteira Brasil-Bolívia, a Operação Ágata 06. Depois o vice-presidente viu uma demonstração de paraquedismo e voltou para Brasília. É a segunda vez que Temer vem a Cáceres. O forte esquema de segurança impediu um contato maior com a imprensa.Não houve entrevista. Foi um evento voltado para as Forças Armadas,e poucas autoridades civis, tanto que os segmentos sociais que prestigiaram a visita o fizeram sem convite, como o caso do Poder Judiciário Estadual. O juiz criminal Geraldo Fernandes Fidelis Neto foi esperar Temer no IFMT, sabendo que todos que se dirigiam ao aeroporto estavam sendo barrados. E com a ajuda do governador Silval Brabosa e do secretário chefe da Casa Civil José Lacerda conseguiu entregar um documento ao vice-presidente. "Na verdade o governador pegou o envelope de minhas mãos e correu até o vice-presidente, dizendo algo. Temer acenou positivamente."
O documento é o pedido da instalação de uma base aérea das Forças Armadas de forma permanente em Cáceres.Ou de um destacamentos das Forças Armadas. Mato Grosso é o único estado que não tem nem um nem outro. As bases mais próximas ficam em Campo Grande-MS, Anápolis-GO, e Porto Velho-RO. E o projeto do Ministério da Defesa é que no decorrer de trinta anos apenas mais três sejam instaladas, sendo a mais próxima em Vilhena-RO.
O argumento dos militares é que Cáceres fica a 70 km da fronteira com a Bolívia e ficaria desguarnecida caso aconteça uma guerra. "É um argumento hipotético, mas na verdade a guerra já existe e deve ser combatida por terra, água e mar. É a guerra contra o narcotráfico, que a cada dia mais arrasta nossos jovens e destrói famílias. Por isso pedimos a base aérea, Cáceres tem a localização geográfica ideal para ela, ou para um destacamento das Forças Armadas". O juiz é membro do GGIS-Gabinete de Gestão Integrada de Segurança, composto por segmentos do governo estadual, e o documento teve o aval das quatro lojas maçônicas da cidade. "O governador Silval Barbosa tem conhecimento do pedido e é simpático à causa. Tanto que foi no seu governo que Cáceres conseguiu o atendimento a um pedido antigo, a construção de um canil para cães farejadores, cuja obra está em andamento".
O forte aparato de segurança fez com que a imprensa desistisse de acompanhar a visita de Temer. Da última vez, jornalistas ficaram por horas a fio no sol e sem água. Desta vez, deixaram de ir. A Operação Ágata 6 acontece em Cáceres desde o dia 9 e termina no final do mês, mostrando o aparato das Forças Armadas. É uma operação de demonstração, de prevenção, pois os resultados são pífios, uma vez que amplamente divulgada, a ação alerta os narcotraficantes. O militares estão em Cáceres em uma base aérea temporária montada no aeroporto local.
"O que Cáceres precisa é da presença permanente das Forças Armadas, assim como as outras forças de segurança que aqui já estão. Porque a guerra contra o narcotráfico deve ser feita todos os dias, todos os momentos"-concluiu Fidelis.
Para o Ministro da Defesa Celso Amorim, além do combate a delitos ambientais e fronteiriços, como o trafico de drogas, a operação Ágata 6 proporciona um maior entrosamento entre as próprias forças armadas e Ação cívico-social para as comunidades. “Isto demonstra o compromisso do governo da presidenta Dilma com políticas asseguradas pela presença do Estado nas fronteiras”, destaca o ministro.
Comitiva
Entre os membros da comitiva estavam, o Chefe do Estado Maior do Conjunto das Forças Armadas, General de Exércíto, José Carlos de Nandi; Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, Tenente Brigadeiro do Ar, Ricardo Machado; Comandante do Exército, General de Exército Enzo Marins Peri; da Aeronáutica o Tenente Brigadeiro do Ar, Nivaldo Luis Rossato; e da Marinha, o Almirante de Esquadra Gilberto Max.(Assecom- IFMT Cáceres )