Rui Prado questiona investimentos em logística em Mato Grosso
Por assessoria/Famato
19/10/2012 - 17:18
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, participou na quinta-feira (18.10), de um Colóquio sobre Infraestrutura para o Desenvolvimento, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília. Durante a reunião, Prado questionou os investimentos em logística no Centro-Oeste, especialmente de Mato Grosso.
Segundo Prado, o estado sofre um apagão logístico embora seja líder na produção agropecuária. O presidente da Famato aproveitou a oportunidade para perguntar sobre o adiamento da contratação da empresa de consultoria de engenharia para elaboração do projeto de implantação do trecho entre Campinorte-GO até Lucas do Rio Verde-MT da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO).
Em resposta, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, garantiu que os projetos serão retomados a partir do início de 2013, por meio do novo programa de concessões do governo federal lançado no mês passado pela presidente Dilma Rousseff. "O Bernardo Figueiredo confirmou que houve a suspensão temporária dos trabalhos por causa da mudança nas concessões, mas garantiu que abrirá licitação a partir do início do ano que vem e que as obras começarão já, o que para nós é muito importante", afirmou Prado.
Além disso, o presidente da Famato sugeriu a revisão do Decreto 6620/08 que inviabiliza a construção de portos privados no país e restringe a liberdade dos produtores rurais em comercializar direto nos portos, fazendo-os dependerem das tradings. A resposta dada foi que o decreto está sendo revisto, a fim de permitir competitividade e viabilizar os investimentos privados. “Este decreto é muito prejudicial. O governo precisa revogar esta regra. O ministro Moreira Franco entendeu a nossa necessidade e se comprometeu a buscar uma solução. Mas mesmo assim vamos formalizar uma proposta por escrito ao Governo Federal para que esses portos possam ser modernizados com recursos externos", explica Prado.
CDES - O colóquio é parte do objetivo do CDES, acordado junto à Presidenta da República na 39ª reunião do Pleno. A finalidade é acompanhar, dialogar e contribuir para as iniciativas do governo em relação às infraestruturas. Além disso, busca uma visão sistêmica, tendo como parâmetros a integração territorial, equidade e competitividade.
Participaram da reunião os ministros Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Edison Lobão, do Ministério de Minas e Energia, e Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
Em agosto deste ano, Rui Prado foi convidado a ser membro CDES. O Conselho é presidido pela presidente da República, Dilma Rousseff. Prado foi indicado pelo Ministro do Turismo e relator do Código Florestal, Aldo Rebelo e deverá integrar a banca por dois anos.