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Começa proibição às queimadas em MT
Por redaçao
01/07/2020 - 22:07

Foto: arquivo

Começou nesta quarta-feira (1º) o período de proibição das queimadas, em todo o estado. Neste ano, o período de queimadas controladas, que são feitas por indústrias ou limpeza de pastagens, foi antecipado. Normalmente, o início da proibição é no dia 15 de julho, mas neste ano houve antecipação devido à pandemia da Covid-19 e os grandes focos de incêndio por causa da seca.

Para essas empresas fazerem a queima, é preciso protocolar um pedido na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a qual analisa os impactos que podem ser ocasionados e depois autoriza ou não.

O Ministério Público pediu que fosse adiantado ainda mais o período da proibição para o começo de junho, mas a Sema não atendeu ao pedido. Segundo o secretário adjunto Meio Ambiente, Alex Marega, já havia protocolos de autorização em fase final e essas questões estavam sendo resolvidas.

O principal motivo do adiantamento foi o aumento dos focos de calor em Mato Grosso. Nos últimos 10 anos, houve aumento de 20% dos focos. Só nos primeiros quatro meses de 2020 o crescimento foi de 85%.

 
 

Foram 3.836 focos de calor nos primeiros quatro meses deste ano. Os incêndios são de pequenas proporções, mas dão indícios de que no período de estiagem, que é a partir de julho, vão ter grandes focos.

O aumento de focos de calor se deu pela diminuição das chuvas. Com isso, o Batalhão de Emergência Ambiental e o Corpo de Bombeiro iniciaram a campanha do combate aos incêndios florestais.

A pandemia também é outro fator. A fumaça contribui para o aumento dos casos de problemas respiratórios, que também são sintomas do novo coronavírus.

A Sema disponibilizou 15 viaturas para ações de combate aos incêndios.

No período de grandes focos vai ter 40 viaturas em atuação, que é o dobro da média disponibilizada nos outros anos. São em torno de 120 equipes para fazer as operações, além do Exército, que tem mil soldados capacitados para ajudar.

Neste ano o Corpo de Bombeiros teve autorização para autuar os responsáveis pelos incêndios ilegais.

Em 2020, já foram aplicadas R$ 560 milhões em multas de crimes contra a flora.

Alex conta que essas multas não são efetivas devido ao grande prazo de defesa. “O problema é o prazo para defesa, para o responsável recorrer. Esse prazo tem que diminuir para que seja efetivo e as pessoas não cometam mais esses crimes”, afirma.

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