A viatura da Polícia Militar que, segundo denúncia de familiares e vizinhos, transportou, na noite de 29 de janeiro, o pedreiro Rubson Farias dos Santos, de 28 anos, foi periciada pela Politec de Cáceres e será devolvida hoje (8) ao 6.o Batalhão da PM. No entanto, o laudo da perícia pode demorar até 30 dias para ser concluído.
Já o IPM (Inquérito Policial Militar) em andamento, tem o prazo de 60 dias, prorrogável por mais 30, para ser concluído. Os seis militares denunciados estão afastados das ruas, exercendo funções administrativas. O comandante do batalhão, tenente-coronel Danilo Segóvia Moreira, afirmou ao Diário de Cáceres, na manhã de hoje, que todos os procedimentos estão estão tomados com o rigor que a denúncia exige, com as apurações sendo feitas através do competente Inquérito Policial Militar, segundo as normas da instituição.
Dentro do IPM, há , além da perícia da viatura, um outro procedimento em andamento, que é o levantamento do percurso feito pela viatura, através do GPS. No entanto, isso é feito pelo sistema chamado de triangulação da área, e depende fundamentalmente do veículo ter passado por áreas de alcance da internet.
A esposa de Rubson, Sidneia de Oliveira, está fazendo postagens sucessivas em rede social um pedido de ajuda, solicitando que as pessoas divulguem o caso . (Diário de Cáceres)
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"Por favor me ajudadem pelo amor de deus a força tática levou ele e nem boletim fezeram sumiram com gente por favor não encontro ele alguém me ajude até agora não encontrei ele ninguém sabe dele" (facebook)
Desaparecimento: relembre a notícia
A família de um pedreiro de 28 anos registrou uma denúncia informando que Rubson Farias dos Santos foi espancado por policiais militares, do setor de Gratificação de Atividade Policial Militar (GAP), e retirado de casa inconsciente na última sexta-feira (29), no bairro Jardim das Oliveiras (Empa)em Cáceres, a 220 km de Cuiabá. Desde então, o jovem está desaparecido.
O 6º Comando Regional de Cáceres informou, em nota, que foi aberto um inquérito policial militar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação. O procedimento está em andamento e é acompanhado pela Corregedoria da PM.
A Polícia Civil informou que não consta nenhum registro de prisão de Rubson em delegacias de Cáceres. Ainda segundo a Civil, o único registro de ocorrência recebido em nome da vítima foi feito pela mulher dele sobre a ação dos policiais militares.
A mulher de Rubson, Sidneia de Oliveira, conta que, na quinta-feira (28), ela e o marido foram abordados pela polícia por causa de um carro que compraram há cerca de 15 dias por R$ 900.
De acordo com a PM, o veículo tinha registro de roubo e que, por isso, foi encaminhado à delegacia, assim como Rubson.
“Compramos um carro velho para andar na cidade, não sabíamos que era roubado, só sabíamos que estava com a documentação atrasada. A polícia disse que precisava levar o carro porque era roubado, então falamos que tudo bem. Nesse dia foi tranquilo, não encostaram um dedo nele. Logo depois, pagamos a fiança e ele foi liberado”, explicou Sidneia.
No entanto, um dia após o registro dessa ocorrência, conforme contou a família, a polícia invadiu a casa onde moram para prender Rubson. Segundo Sidneia, o marido foi espancado pelos policiais na frente do filho de 12 anos.
“Ele saiu inconsciente. Não sei se saiu vivo de casa. Bateram muito nele, depois apagaram as luzes e o levaram. Não disseram o motivo. Procuramos vários lugares, mas não consta que ele passou na delegacia, na cadeia, nos hospitais. Ninguém dá informação, ninguém fala nada. Estou desesperada”, relatou.(G1)