Hospital São Luiz, referência para 22 municípios do Oeste mato-grossense, alerta que consultas durante a gestação são essenciais para a saúde da mãe e do bebê
A gravidez altera toda a rotina dos futuros pais. Uma das mudanças mais significativas são as idas constantes ao médico, para realização das consultas de pré-natal, que a mulher deve fazer desde o momento da descoberta da gestação – ou até mesmo antes de engravidar.
O Ministério da Saúde preconiza ao menos seis consultas durante os nove meses de gravidez, sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre, além de uma sétima consulta no puerpério (até 42 dias após o parto) – e esta agenda deve ser mantida mesmo neste período de pandemia.
Para Evelyn de Souza, ginecologista do Hospital São Luiz (HSL), em Cáceres, o acompanhamento médico garante o melhor estado de saúde possível para a mãe e o bebê. “O pré-natal auxilia a gestante a manter uma gravidez mais saudável, esclarecendo dúvidas sobre as inevitáveis mudanças no corpo materno, o crescimento e desenvolvimento do bebê, os preparativos para o parto, a importância do aleitamento materno e os cuidados no pós-parto para a mulher e o recém-nascido” explica a médica.
As consultas também permitem identificar doenças preexistentes na gestante, que poderiam evoluir de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes e anemia. Com o diagnóstico precoce, é possível realizar um tratamento para evitar prejuízos à mulher e ao bebê, não só durante a gestação, mas por toda a vida.
Além disso, o pré-natal é essencial para detectar qualquer intercorrência com o feto, como malformações ou doenças congênitas, algumas delas ainda em fases iniciais, permitindo o tratamento intrauterino e proporcionando ao recém-nascido uma vida perfeitamente saudável.
A especialista do HSL destaca um ponto fundamental para a realização de consultas neste momento de pandemia. “É muito importante que a gestante continue realizando as consultas de pré-natal, principalmente para ter todo apoio necessário em um momento pandêmico como esse. Mas, sempre com segurança, usado máscara e álcool em gel para se proteger”, ressalta a profissional.
Além das consultas, o pré-natal inclui importantes exames, como:
Hemograma: verificar se há infecções ou indícios de anemia gestacional, entre outros quadros;
Glicemia em jejum: realizado no primeiro e no segundo trimestres, para detectar riscos relacionados a diabetes gestacional;
Sorologia para HIV: identificar se a gestante tem o vírus e evitar uma possível transmissão vertical (de mãe para o feto durante o parto);
Reação para toxoplasmose e para rubéola: avaliar a presença de imunidade ou infecção causada pelo agente da toxoplasmose e pelo vírus da rubéola;
Hepatite B e C e citomegalovírus: : identificar a presença de infecções pelo vírus da hepatite B e C e pelo CMV;
Urina: verificar alterações do sedimento urinário, presença de sangramento ou alterações nos leucócitos que possam sugerir infecções. As infecções do trato urinário são investigadas por meio da urocultura.
A maternidade do São Luiz, hospital gerenciado pela Pró-Saúde, é referência para gestação de alto risco, fazendo parte da história da região de Cáceres, como responsável pela maioria dos nascimentos da população local.
A unidade vem recebendo investimentos para fortalecer a assistência dedicada às parturientes, como a aquisição de novos equipamentos e recentes reestruturações, que visam proporcionar mais conforto às gestantes e fortalecer o vínculo entre mãe e bebê.
As práticas adotadas pelo São Luiz foram reconhecidas pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), por meio do selo Amigo da Criança, concedido pela IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) aos hospitais que realizam o cumprimento dos 10 passos para o sucesso da amamentação.
O HSL é referência no atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, ginecologia e pediatria para 22 municípios do oeste mato-grossense e até mesmo para algumas cidades do país vizinho, a Bolívia.