Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (11) a Operação Fassil, que tem como objetivo apurar duas mortes que ocorreram em agosto e outubro de 2021, em Várzea Grande e São José dos Quatro Marcos (315 km ao Oeste de Cuiabá).
Investigação aponta que as mortes foram ordenadas, já que os crimes tiveram diversas semelhanças, como os mesmos executores, as armas utilizadas e o modus operandi.
De acordo com as informações da assessoria de imprensa, ao todo são cumpridos 14 mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Araputanga e Tangará da Serra.
A operação é coordenada pela Delegacia de São José dos Quatro Marcos e tem como base a morte do advogado e empresário Francisco de Assis da Silva, o Chiquinho da Fassil, como era conhecido.
Francisco foi morto no dia 11 de outubro, na porta do seu escritório.
Durante a investigação, a equipe do delegado Edilson Pick chegou a conclusão de que os responsáveis pelo crime também eram suspeitos de terem matado um comerciante em Várzea Grande no mês de agosto, investigação que estava em andamento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá.
No inquérito instaurado pelo delegado Mário Santiago, consta que Fredson Lima de Figueiredo, 39, foi morto no dia 8 de agosto com vários tiros, que atingiram suas costas e sua cabeça, na área de em uma casa do bairro Mapim, onde ele tinha acabado de alugar.
Com base nas informações, foram decretadas as prisões dos executores, intermediários e mandante do homicídio contra Francisco de Assis.
Já com relação a morte de Fredson, a polícia representou pelas prisões e busca contra os executores.
Morte do advogado
Segundo a Polícia Civil, imagens registraram o momento em que Francisco foi morto na porta do seu escritório.
Toda a ação, bem como o antes e depois, foi analisada pela equipe.
Francisco chegava para trabalhar quando foi abordado pelo primeiro suspeito, que atirou várias vezes em curta distância.
Em seguida, o segundo suspeito dá um único tiro contra a vítima, com uma arma longa.
Depois a dupla corre para o outro lado da rua, entra em um veículo prata e foge.
Francisco não esboçou qualquer reação e foi morto à queima roupa.
Para o delegado, os atiradores são pistoleiros e foram contratados para mata-lo.
Mesmo carro, arma e modo de disparo
Já em Várzea Grande, a investigação apontou que o crime foi praticado por duas pessoas, no mesmo modus operandi em que ocorreu a morte do advogado. Além disso, as armas e o veículo de fuga também tiveram semelhança.
Consta que os atiradores que mataram Fredson usaram o mesmo carro para matar Francisco dois meses depois. Diante das evidências dos dois crimes, inclusive no modo de disparo e das armas usadas, as equipes das duas delegacias conseguiram chegar na identificação dos autores.Comentários