O Março Lilás, o mês de conscientização sobre câncer de colo de útero. Período de reflexão sobre uma doença que pode ser detectada precocemente e tratada com altos índices de cura.
Os sinais iniciais como aumento de secreção vaginal, sangramento pós coito e dor pélvica, já são considerados sintomas de uma possível doença em estágio avançado; e o que se objetiva com a prevenção é o estágio inicial da doença, quando não há sintomas.
O ministério da saúde preconiza o exame de prevenção feita por exame de papanicolau, para todas as mulheres ativa sexualmente e a partir dos 25 anos, vale ressaltar que qualquer sintoma ginecológico, deve-se procurar logo um médico especialista.
A vacinação para o vírus HPV (Papiloma vírus humano) é considerada uma medida importante de prevenção, pois o vírus é considerado o principal agente etiológico precursor do câncer de colo de útero. A vacina é preconizada para meninos e meninas a partir dos 9 anos, antes mesmo do início das atividades sexuais; assim como o uso de preservativos “camisinhas" feminina e masculina, reduzindo assim muito a chance de contagio, porém a promiscuidade e o tabagismo contribuem para uma evolução mais agressiva da doença.
O câncer de colo de útero é considerado uma doença de progressão lenta e com isso dando a chance do diagnóstico e tratamento nas diversas fases da doença. O desenvolvimento da doença em estágio avançado leva anos para acontecer, a idade média de incidência acontece em mulheres de 40 a 50 anos, por isso manter uma regularidade nos exames de prevenção e consulta com o ginecologista, leva ao diagnóstico e tratamento.
A estimativa para o ano de 2022 é de 16.710 novos casos, com número de mortes de 6.596 mulheres para todo o Brasil, sendo considerado o segundo tipo de câncer mais incidente em mulheres na região centro oeste (15,92/100 mil).
O tratamento é individualizado para cada mulher e orientado por um médico oncologista. Dentre as alternativas de terapia, estão a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O estágio da doença, tamanho do tumor, fatores pessoais e desejo de ter filhos; definirá a melhor escolha visando a cura e controle do câncer.
Dr. Lauzamar Roge Salomão Junior, cirurgião oncológico do HCanMT