Município de 5 mil habitantes registrou a 3ª execução em menos de um mês
O empresário Adriano de Paula, dono de uma serralheria, foi executado com pelo menos oito tiros que atingiram a cabeça e nádegas na manhã desta quarta-feira (15), em Rio Branco (356 km de Cuiabá). O assassinato foi registrado no bairro Vila Maria. Depois de baleado, ele tentou fugir e entrou em uma obra em construção que pertence a uma filha de um fazendeiro da cidade, mas foi perseguido e morto dentro do imóvel.
De acordo com informações da Polícia Militar, por volta de 6h30 a equipe foi acionada com a denúncia de um homem baleado em uma casa em construção na rua Amazonas. No local, testemunhas contaram que o serralheiro foi surpreendido por dois homems em uma motocicleta. Eles estavam armados e chegaram atirando contra o empresário que já tinha passagem policial por porte ilegal de arma de fogo e crime eleitoral. Ele também teria envolvimento em briga por disputa de terra.
Adriano foi atingido inicialmente por doi tiros nas nádegas. Ele ainda tentou fugir, mas foi perseguido pelos assassinos e executado com cinco tiros na cabeça.
Adriano não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Os criminosos fugiram e não foram identificados.A equipes do Pericia Oficial de Identificação Técnica (Politec) e da Polícia Civil foram acionadas para investigar o crime. Adriano tinha passagens pela polícia.
ONDA DE ASSASSINATOS
Ainda conforme os militares, a execução do empresário pode ter ligação com outros dois homicídios, também com características de execução sumária, registradas em menos de um mês em Rio Branco. Por se tratar de uma cidade pequena com apenas 5 mil habitantes, os crimes têm gerado alarde e tensão entre os moradores que não estavam acostumados a lidar com mortes brutais, com extrema violência. Existe a suspeita de que os autores sejam membros de uma facção criminosa.
Um dos crimes vitimou o ex-presidiário Fernando de Jesus Abreu, de 30 anos, conhecido como “Pelé”, foi executado com pelo menos 17 tiros, na noite do dia 8 de fevereiro, em uma das principais avenidas do município. Segundo testemunhas, Fernando seria membro da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Outro homicídio foi do idoso Nilson Pereira, de 61 anos, que também foi assassinado a tiros na noite de 27 de janeiro. Ele foi morto sentado em uma cadeira no quintal de um posto de combustíveis. FOLHAMAX apurou que Nilson atuava como agiota e vivia trocando cheques, além de emprestar dinheiro para outras pessoas cobrando juros. Ele foi atingido por 19 tiros. Os três homicídios estão sendo apurados pela Polícia Civil.