Após 7 meses de negociação com a prefeitura, os técnicos em enfermagem deflagram greve em Cáceres.
Em março deste ano, a categoria aderiu à greve nacional pelo Piso Nacional da Enfermagem. Após 4 dias de paralização, os técnicos (de nível médio) aceitaram a proposta do Executivo de ter um piso de 55% do valor do piso dos Enfermeiros (de nível superior), no âmbito do Município. A lei federal do Piso da Enfermagem estabelece um piso de 75%.
Após a suspensão da paralização, no ato de formalização do acordo foi fixado que os técnicos em enfermagem receberiam 45% do piso dos enfermeiros, a partir do primeiro quadrimestre em que houvesse índice de pessoal para o pagamento.
No primeiro quadrimestre, publicado em maio, não houve índice. No segundo quadrimestre, o Relatório de Gestão Fiscal publicado mostrou uma folga de aproximadamente R$ 1.310.000,00, o que foi chamado, por alguns, de uma “gordurinha” que poderia ser utilizada para o cumprimento do acordo.
No entanto, em reunião com secretários, a categoria foi informada de que agora tinha o índice (orçamento) mas que não havia caixa para fazer o pagamento do reajuste. Ofereceram, a título de proposta, 1%, o que dá R$ 17,00 sobre o salário de um técnico em enfermagem.
Os técnicos cobraram transparência nos valores do impacto financeiro que haveria com o reajuste, sem sucesso.
Diante dos fatos, considerando que a categoria já estava em Estado de Greve, desde março, foi anunciada, pelo Presidente do Sindicato do Servidores Municipais de Cáceres, Fábio Lourenço, o início da contagem de prazo para a paralização dos servidores. Nessas 72h a prefeitura deverá organizar os serviços para atender com apenas 30% dos técnicos.