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Nova Chance: presos estudam e participam de cursos profissionalizantes na Cadeia de Cáceres
Por Diário de Cáceres
06/05/2012 - 13:50

Foto: arquivo
Redação Diário de Cáceres A partir de terça-feira, 8, a Escola Estadual “Nova Chance”, que funciona na Cadeia Pública de Cáceres e atende a 180 alunos nas séries do ensino fundamental e básico, irá contar com 18 novos alunos. É que a Vara de Execuções Penais da comarca autorizou o direito ao estudo aos presos do Bloco 4, que tem regime diferenciado -segurança máxima. Os que quiseram estudar serão transferidos para os três outros blocos, onde há salas de aula, e começarão a estudar. A Escola Nova Chance foi criada para atender os reeducandos do Sistema Prisional do Estado de Mato Grosso na modalidade EJA - Educação de Jovens e Adultos, propondo uma forma de educação com conteúdos críticos, voltados à realidade do aluno adulto que se encontra incapaz de compreender a sua realidade e buscar formas de transformá-la, levando em conta um contexto marcado pelo preconceito e exclusão social. O coordenador da escola em Cáceres. professor Sérgio Manoel da Silva, informa que cinco professoras trabalham com os reeducandos, além de um professor. "No Estado todo, a maioria do quadro de professores (85%0 é composto por mulheres. Os alunos sabem o valor do respeito e o quanto vale o acesso à Educação, para que possam ao menos visualizar um futuro melhor. O símbolo da escola é um sol e uma caneta na base inferior, como se fosse uma seta. A logomarca tem suas fundamentações: 1º O sol representa sempre um novo dia, para recomeçar. 2º O lápis esta significando um caminho a seguir. 3º O texto em caixa alta para visualizar melhor o nome. 4º Como é uma nova chance, e bom ter essa idéia de caminho novo, um dia a mais pra lutar por uma vida melhor. A escola agora irá oferecer também outras atividades aos alunos, começando por palestras. A primeira será do advogado e ex-pastor evangélico Ailon Simões, que dará um testemunho de vida aos reeducandos. Outra parceria é com o Sindicato Rural de Cáeres, através dos cursos do Senar. No período de 14 a 18 próximos, 15 alunos participam do segundo curso profissionalizante, também de aproveitamento em couro. Para participar, basta que o preso seja estudante e tenha CPF e RG. "Eles precisam deste tipo de atividade. Precisam preencher o tempo ocioso com coisas produtivas", concluiu o coordenador, informando que o curso deverá ter ainda uma terceira etapa, de modo a atender os três blocos.
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