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Dependentes químicos de Cáceres migram para um casarão histórico
Por João Arruda
14/12/2023 - 15:19

Foto: Jornal Cacerense

Desalojados há duas semanas por ordem judicial cerca de 50 pessoas entre homens e mulheres, quando três imóveis foram demolidos. Nesta quinta feira (14.12), a maioria em situação de rua, está se alojando num casarão centenário localizado na área central da cidade. 

O imóvel de tipologia colonial portuguesa com beiral de cimalha , faz parte do conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico ( Iphan), pertence a família Arruda Figueiredo, situa se primeiro quarteirão da Rua Padre Casimiro, possui uma extensão total de 1.772 metros quadrados  com acesso à três ruas é  composto pela casa grande,   casa no miolo e um amplo terreno aos fundos. 
O imóvel está desocupado e à venda. 

Os usuários de drogas não encontraram dificuldades para adentrar aos cômodos, onde iniciaram a ocupação com pequenos grupos,  e quem acessa aquele setor nota se um contingente expressivo. 

Nas imediações do casarão há uma ampla rede de prestação de serviços médicos com várias clínicas,   consultórios,  laboratórios, farmácias e o maior hospital  da cidade o São Luiz,  que atende pacientes tanto do privado quanto do público (Sus) . Mais ao norte do casarão ocupado outro complexo hospitalar este da Unimed Cáceres. 

Donos de clínicas médicas,  comerciantes em contato com a reportagem,  cobraram das autoridades locais providências. 

" Não se trata de preconceito com essas pessoas que são dependentes químicos,  mas  eles acabam causando transtornos e incômodos à todos,  nao basta demolir locais de revenda de drogas  faz se necessário complementar à ação levando esses usuários para internação compulsória nos centros de recuperação de dependentes químicos " apontou um médico que atende em sua clínica nas proximidades da área do casarão. "O quê se espera é que as autoridades não penalizem os herdeiros dessa casa, pois o Iphan não  permite alteração na edificação e com muro baixo à invasão é facilitada " , complementou o médico. 

À reportagem nao conseguiu o contato com a família proprietária do imóvel. Entretanto o espaço segue aberto para manifestação.

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