Chegamos a um momento em que é extremamente importante dar valor as pessoas certas e cuidar de quem cuidou de ti, retribuir a quem te ajudou em momentos difíceis ou seja: regar a sua rosa. E com uma rosa na mão, encha-se da essência da vida e deixe os dons de Deus fluírem. Destarte o impossível existe até que alguém duvide dele e municiado de amor prove em contrário. O amor tudo se torna mais fácil. Por isto é importante deixar bem longe a ingratidão para que a emoção seja plena nos nossos corações. Certamente que já vivi emoções. Espero viver mais algumas, mesmo sabendo que existem algumas pessoas que torcem para que isso não aconteça. As vezes as próprias filhas. Mas certamente lembrar de rosas e flores fazem lembrar do “Pequeno Príncipe” e um momento de emoção que Deus me proporcionou, foi conhecer, parte da história dos pilotos da empresa “Générale Aéropostale”, que viajavam da França em pequenos aviões e paravam em Florianópolis para entregar as correspondências.
Contando um pouco da história, foi depois da primeira guerra mundial que Pierre George Latécoère teve a ideia de transformar os aviões de guerra em aviões de transporte de cartas da França para a África e América do Sul. Num lugar, na bela Florianópolis denominado Campeche os pilotos pousavam e paravam para descansar num, casarão da Avenida Pequeno Príncipe, enquanto os aviões eram abastecidos. Um destes pilotos era o francês Antoine de Saint-Exupéry. Hoje o terreno está ocupado pela família Heerdt desde 1958 por meio de declaração de posse
Certamente que , “O pequeno príncipe”, de Antoine Jean Baptiste Marie Roger Foscolombe de Saint-Exupéry que foi publicado em abril de 1943, tem um pouco da história das rosas, de lutas, de paixões e do Brasil. Exupery se radicou em Nova York, em 1941, ao lado de sua esposa salvadorenha Consuelo Suncin. E foi atrás de um projeto pessoal de convencer os americanos a entrar na guerra contra o nazismo. ”O Pequeno Príncipe” vendeu 145 milhões de exemplares em todo o mundo. Entretanto, mais e infinitamente mais do que isso. Seu corpo nunca foi encontrado, mas suas frases literalmente estão tatuadas em nossa pele e na história que o nosso país deve ter orgulho em participar (ele era conhecido por Zeperri em Florianópolis), ouvir e falar que ” o essencial é invisível aos olhos e só se pode ver com o coração’ ou ‘só conheço uma liberdade e essa liberdade é do pensamento” serão para sempre frases verdadeiras e emotivas. Afirmar…”Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas” ou” Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” ou ainda “foi o tempo que dedicastes a tua rosa que a fez tão importante”.
Foi justamente o orgulho da sua Rosa que levou o “Pequeno Príncipe” a começar uma viagem que o trouxe finalmente a Terra. Momento em que encontrou os diversos personagens, a partir dos quais repensar o que seria realmente importante na sua história. As pessoas precisam deixar de ser ingratas e valorizar o que se fez, o tempo que se tem, a água que se bebe, o beijo que se recebe, o remédio que te dão e a atenção que te oferecem. E por isso, inexoravelmente sua história e suas frases nunca foram tão simples e cheias de complexidades, tão reais, tão presentes e tão eternas.
Rosildo Barcellos; articulista.