Por falta de salas, alunos estudam em baixo de árvores em escolas de Cáceres
Por Jornal Expressão
07/05/2012 - 09:21
Alunos do ensino fundamental, tanto da rede estadual quanto municipal, passam por dificuldades para receber aulas, em Cáceres, no Oeste de Mato Grosso. No distrito de Vila Aparecida 100 alunos de uma extensão da Escola Estadual Mário Duílio, estudam debaixo de árvore. A denúncia foi feita pelo vereador Josias Modesto (PSB). O secretário de Educação, Fransérgio Piovesan, diz que nunca recebeu qualquer reclamação da comunidade .A situação da "Mário Duílio", porém, foi denunciada, no mês de abril e chegou até o Ministério Público.
A extensão da escola funcionava na igreja católica do distrito. Porém, por falta de pagamento do aluguel a igreja teria impedido a continuidade das aulas. Indignados, os moradores gravaram um vídeo em que apareciam os alunos estudando em baixo de um pé de mangueira. “Isso é um desrespeito com os alunos da comunidade” esbravejou o sitiante Antônio Ramos Maciel.
No distrito do Clarinópólis, a 50 quilômetros do perímetro urbano, a situação é semelhante: faltam carteiras e as instalações sanitárias estão em péssimo estado. De acordo com o vereador Josias Modesto, a situação é precária. Acompanhado de assessores e moradores da comunidade, ele fotografou as instalações físicas do estabelecimento.
“O que deparamos é um afronta; um verdadeiro desrespeito aos moradores e, principalmente, a comunidade estudantil. Faltam carteiras, as instalações sanitárias e hidráulicas estão danificadas” disse afirmando que, as informações dos moradores é de que a última reforma e reparo nas instalações escolar aconteceu em 2008, ainda na gestão do então prefeito Ricardo Henry.
Além da escola do Clarionópolis, o vereador denuncia que, há vários dias alunos de comunidade de Água Boa estão sem aulas porque o ônibus que faz o transporte escolar não chega ao lugar devido a precariedade das estradas. Preocupado com a gravidade da situação, Modesto diz que estará apresentando uma indicação sugerindo ao secretário de Educação, medidas urgentes no sentido de solucionar o problema sob pena dos alunos da região terem o ano letivo comprometido. “Vamos apresentar um requerimento ou indicação cobrando a solução dos problemas”.
No caso da extensão da escola Mário Duílio, o assessor pedagógico, Cícero Elivaldo, disse que a situação só não foi contornada porque a igreja não dispunha de documentos para que a SEDUC viabilizasse o pagamento do aluguel. Porém garantiu que, a intensão da Secretaria de Educação é construir uma escola de alvenaria no local. Inclusive, segundo ele, a obra já está sendo licitada. No que se refere a questão de Clarinópolis, o secretário municipal de Educação, Fransérgio Piovesan, disse que não tem nenhuma reclamação da comunidade sobre a situação da escola.