MDIC aprovou início das atividades da Zona de Processamento de Exportação no município
Após uma vistoria detalhada de uma equipe técnica nas instalações da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres, no dia 3 de julho, foi atestada a conclusão das obras em conformidade com o cronograma físico-financeiro do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).
Nesta quarta-feira (10), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) aprovou o início das atividades da ZPE de Cáceres, que passa a ser a terceira do país.
“O presidente Lula trabalha muito para reduzir as desigualdades de todas as regiões brasileiras. Especialmente em Mato Grosso, que é um estado em franco desenvolvimento, a região sudoeste, a região de Cáceres, busca, há muitos anos, sua vocação e a ZPE é a certeza da chegada do desenvolvimento”, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Em 25 de junho, Fávaro se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, pedindo dedicação na avaliação dos processos de instalação das empresas na ZPE de Cáceres.
Atualmente, quatro empresas aguardam a avaliação do CZPE. Os interessados podem apresentar propostas com foco em atividades industriais e de serviços direcionados à exportação. Para se instalar na ZPE, onde contam com benefícios tributários, administrativos e cambiais, as empresas precisam ter uma orientação exportadora, promover a difusão tecnológica e gerar benefícios para a região, para reduzir as desigualdades regionais no país e proporcionar desenvolvimento econômico e social para a região.
Na última terça-feira (11), Fávaro esteve na Bolívia para a assinatura de atos de cooperação no setor agrícola visando, entre outros pontos, o aumento da oferta de fertilizantes no Brasil e reforçou a importância da ZPE é das Rotas de Integração Sul-americanas para o desenvolvimento de Cáceres e da região sudoeste de Mato Grosso.
“A decisão do presidente Lula de desenvolver o projeto Rotas de Integração, com o Quadrante Rondon, aliada à interação que fizemos com a Bolívia nesta semana, a chegada ao Pacífico, a integração com Bolívia, Peru, Chile, tudo isso vai fazer da região Sudoeste de Mato Grosso um polo de desenvolvimento, geração de empregos e oportunidades”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária.
Cáceres sediou a plenária do Quadrante Rondon das Rotas de Integração Sul-Americana no último dia 21 de junho. No projeto, Mato Grosso conta com 10 obras de infraestrutura já incluídas no Novo PAC e com recurso garantido no Orçamento da União.
Principais projetos de integração sul-americana em Mato Grosso
Construção da BR-174/MT
A ampliação da BR-174 em Mato Grosso, de acordo com o governo federal, representa um investimento necessário na infraestrutura viária. A rodovia integra uma importante área produtiva do noroeste de Mato Grosso com o sul de Rondônia, contribuindo para conectar as cidades de Colniza e Vilhena (RO).
Aeroporto de Cáceres/MT
Cáceres tem cerca de 95 mil habitantes e tem acesso à capital Cuiabá pela BR-070 e ao município boliviano de San Matías. A cidade também é cortada pela BR-174, que segue para Pontes e Lacerda e Vilhena (a 540 quilômetros). Cáceres ainda conta com uma opção hidroviária, pelo Rio Paraguai, até Corumbá (MS). O aeroporto, na avaliação do governo federal, é um importante canal de acesso ao Pantanal.
BR-070/174/364/MT
O trecho, segundo o governo federal, facilita o acesso a áreas de produção em Mato Grosso e Rondônia. A obra promove melhoria da infraestrutura em uma região considerada altamente produtiva e exportadora – somente as cidades de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Vilhena exportaram US$ 3 bilhões em 2023, sobretudo de soja, milho, algodão e carnes.
Construção de Infovia estadual MT
A obra, em execução, conecta 5 mil quilômetros de cabos de fibra óptica pelos municípios mato-grossenses de Juína, Parecis, Brasnorte, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nobres, Pontes e Lacerda, Jauru, Barra de Bugres, Cuiabá, Campo Verde, Jaciara, Rondonópolis, Alto Garças, Barra do Garças e Cáceres. A rede chega até a fronteira com a Bolívia.
Adequação da BR-070/MT
A BR-070 é classificada pelo governo federal como um importante corredor de integração nacional, conectando Brasília com Cáceres ao longo de 1,3 mil quilômetros. A adequação é no trecho em que a rodovia contorna Cuiabá e Várzea Grande (MT), buscando facilitar o fluxo de cargas, acelerar a circulação de veículos e contribuir para aumentar a competitividade dos produtos.
Aeroporto de Cuiabá/MT
Com cerca de 619 mil habitantes, a capital de Mato Grosso é cortada pela BR-364. No Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, a concessionária prevê a conclusão das obras de ampliação e modernização do terminal ainda em 2024.
BR-163/MT - Divisa MT/MS - Sinop/MT
A BR-163 é considerada pelo governo federal como fundamental para a articulação de uma das regiões agrícolas mais produtivas e exportadoras do Brasil. São 800 quilômetros entre o distrito de Ouro Branco do Sul, em Itiquira, e Sinop, seguindo para a região Norte do país.
Extensão da Malha Norte
Inaugurada em 1998, a Ferronorte tinha 500 quilômetros de comprimento, entre Santa Fé do Sul (SP), nas margens do Rio Paraná, e Alto Araguaia. Em 2012, houve uma ampliação de 260 quilômetros, levando os trilhos até Rondonópolis. O objetivo do atual projeto é adicionar 600 quilômetros na atual ferrovia para conectá-la com o epicentro do agronegócio de Mato Grosso. O novo trecho incorpora os municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, além da capital.
EF-170 - Ferrogrão
O projeto prevê que a ferrovia, com quase mil quilômetros, conecte Sinop com o Porto de Miritituba, em Itaituba (PA). Seguindo um trajeto similar ao utilizado por caminhões na BR-163, a finalidade é tornar menos demorado, menos custoso e menos poluente o escoamento de grãos do Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte. Atualmente, metade das exportações mato-grossenses de soja e milho sai do Brasil pelos terminais de Belém e Santarém (PA), São Luís e Santana (AP).
BR-163/MT/PA - Sinop/MT - Miritituba/PA
Este trecho da rodovia, segundo o governo federal, tem a função de escoar grande parte da produção de grãos do Centro-Oeste ao longo de mil quilômetros até o Porto de Miritituba, nas margens do Rio Tapajós. Em seguida, as cargas seguem por via fluvial até o Rio Amazonas e, então, para o Oceano Atlântico.