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Cacerense vai todo ano em Cuiabá para visitar local onde filho foi morto com outros dois menores há 26 anos
Por Kessillen Lopes, Helena Corezomaé, g1 MT
10/07/2024 - 16:24

Foto: TVCA

10 de julho de 1998, Adileu Santos, Reginaldo Magalhães, Edgard Arruda e um quarto menino que não foi identificado, com idades entre 13 e 16 anos, dormiam em um degrau localizado no Beco do Candeeiro, no Centro de Cuiabá, quando foram surpreendidos com vários disparos de arma de fogo e três deles morreram.

Nesta quarta-feira (10), o crime completa 26 anos, e Maria dos Santos Silva, de 74 anos, mãe de Adileu, voltou ao local do crime para pedir, mais um vez, justiça pelo assassinato do filho e seus colegas.
 Maria é moradora de Cáceres, a 220 km da capital, mas, desde a morte do filho, ela viaja para Cuiabá para cobrar as autoridades e manifestar a indignação pela perda de Adileu.
 "Peguei carona para conseguir chegar até aqui. Todos os anos viajo em busca de justiça e não vou parar. Enquanto eu tiver vida, não vou parar. Vou lutar até a morte. Trabalhei muito para criar ele, era meu filho mais novo, e hoje não tenho ninguém. Meu sofrimento é muito grande", ressaltou.
Até hoje não está claro a motivação do crime. O único sobrevivente do grupo alvejado pela polícia participou do julgamento popular, em 2014, e reconheceu o policial militar Adeir de Souza Guedes Filho como o responsável pelas mortes dos garotos. Segundo a denúncia, o militar teria usado uma pistola para matar os garotos na rua. Ele foi o único levado ao julgamento, mas foi inocentado por falta de provas."Até hoje nada aconteceu e pra gente que é mãe isso é muito triste. Mataram crianças", disse Maria dos Santos.

 Um livro escrito pelo jornalista Johnny Marcus, a respeito da chacina, conta que a investigação não chegou a lugar algum, pois esse era exatamente o objetivo do Ministério Público e da Polícia Civil e Militar, à época. Os autos do processo, conforme o autor, revelam uma investigação mal conduzida e caótica.
 Uma estátua dos três meninos assassinados foi instalada na Praça Senhor dos Passos e é um tributo aos adolescentes.
 

O Beco

O Beco leva esse nome por causa de um candeeiro na porta da Taverna, à época era chamado de Casa do Truque.
 Em 1919, o beco teve a primeira instalação de energia elétrica já que era considerada como a rua mais importante de Cuiabá.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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