Prefeita tem diploma cassado
Por Diário de Cuiabá
27/02/2013 - 22:23
A prefeita de Comodoro (634 quilômetros de Cuiabá), Marise Marques Morais (PR), e seu vice, Egídio Alves Rigo (DEM), eleitos em outubro do ano passado, tiveram seus diplomas cassados pela Justiça Eleitoral. Eles são acusados de captação e gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais. Além disso, também se tornaram inelegíveis por oito anos.
A decisão de cassar os mandatos da prefeita e de seu vice atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que ofereceu a denúncia contra a dupla logo após a prestação de contas de campanha reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER).
Entre as principais irregularidades encontradas está o fato de eles não terem conseguido comprovar a origem de determinada quantia que foi gasta durante a campanha.
Além disso, de acordo com o magistrado, a dupla de gestores teriam se atrapalhado no que diz respeito à movimentação bancária, uma vez que misturaram a movimentação financeira de Marlise com a do comitê financeiro, impedindo a análise e fiscalização por parte da Justiça Eleitoral.
“Não se pode acreditar que os representados tenham gasto mais de R$ 110 mil na campanha e não tenham recebido doação e efetuado gastos em espécie”.
Outro fato questionado pelo magistrado foi o número de cabos eleitorais. “Causa ainda mais estranheza, o fato de que tiveram quase 100 cabos eleitorais prestando serviços sem remuneração. Pergunta-se, não houve sequer um cabo eleitoral que trabalhou remunerado?”.
A decisão foi proferida na tarde desta terça-feira (26) pelo juiz Almir Barbosa Santos, o qual determinou que tivesse cumprimento imediato.
Desta forma, assumiria a coligação que tirou o segundo lugar na eleição, que tinha Marcelo Beduschi (PT) como cabeça-de-chapa e Djon Carlos Brandão (PSD) como vice. Isso porque, Marlise foi eleita com menos de 50% dos votos válidos.
No entanto, a chapa também enfrenta problemas na Justiça. O petista teve o registro de candidatura cassado em setembro do ano passado sob acusação de utilizar recursos da prefeitura em benefício próprio. Ele está recorrendo da decisão.
Enquanto isso, o presidente da Câmara Municipal, vereador Jeferson Ferreira Gomes (PPS), assume a prefeitura interinamente.