Os 415 presos que hoje estão na Cadeia Pública de Cáceres estão recusando a alimentação desde ontem, 11. Entre as reivindicações que motivaram o protesto, estão pedidos como melhor atendimento médico, revisão de penas, mais agilidade do atendimento da Defensoria Pública e um atendimento mais humano por parte dos agentes carcerários que tem contato direto com os detentos. O diretor da Cadeia, Alexandre Vieira, confirmou que eles estão recusando a comida, e que ontem, para fazer a chamada nominal que acontece diariamente, teve que usar a força legal e pedir o apoio da Polícia Militar. "Hoje, se eles não saírem para a chamada, a direção terá a mesma atitude". Alexandre explicou que os detentos tem atendimento do SUS. "Já reivindiquei ao município um médico para atender aqui na enfermaria, ao menos duas vezes na semana. A resposta que tive foi que a Prefeitura está contratando médicos para o município e um deles atenderá aqui. Quanto a maus trats, não existem. E sobre revisão de penas, veio aqui ontem a assistente da juíza da Vara de Execuções Penais(Graciene Paulino Mazeto da Costa), e explicou q cada um que diz ter cadeia vencida que não existe esta situação. O diálogo está aberto. A comida que eles comem é a mesma que nós comemos e é de boa qualidade." Entre as reclamações, os presos alegam que houve uma epidemia de dengue dentro do 'cadeião' e não houve o atendimento necessário. O diretor informa que o atendimento médico realmente não é o adequado, mas que a direção faz o possível para atender os presos doentes, especialmente os casos que requerem urgência maior".