Representantes da Prefeitura de Cáceres e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) se reuniram nesta quarta-feira (12), no município, para avançar nas discussões sobre a preservação do patrimônio histórico, cultural e arqueológico da região. Entre os principais temas da pauta estiveram a situação do Sítio Arqueológico Facão I e o andamento do Termo de Alinhamento e Conduta (TAC), documento essencial para a continuidade de intervenções naquela área.

A reunião contou com a presença da superintendente do IPHAN em Mato Grosso, Ana Joaquina da Cruz Oliveira. Pela Prefeitura participaram o vice-prefeito Luiz Landim, o secretário de Assuntos Estratégicos Rubens Macedo, a técnica da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura Marlene Fornanciari, a coordenadora Histórico-Cultural Vanessa Tumiri, o arqueólogo Gleidston Loposini Leal e a fiscal Marineide Weber.

Durante o encontro, o IPHAN reforçou sua missão institucional, promover e coordenar ações de preservação do Patrimônio Cultural, fortalecendo identidades, garantindo o direito à memória e contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do país. A superintendente do IPHAN em Mato Grosso, Ana Joaquina da Cruz Oliveira, observou que a instituição acompanha obras de restauração, processos de tombamento e fiscaliza a correta aplicação de recursos destinados à proteção de bens culturais, assegurando que a história de um povo seja preservada em suas dimensões material e imaterial.

Em Cáceres, o órgão acompanha de perto a situação de imóveis e casarões do Centro Histórico, além de realizar a gestão dos sítios arqueológicos do estado. Entre eles, o Sítio Arqueológico Facão I tem ganhado destaque pela relevância histórica e pelas demandas de conservação, especialmente em relação à manutenção da estrada rural que atravessa o espaço.

A coordenadora Histórico-Cultural da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, Vanessa Tumiri, reforçou a importância do cumprimento do TAC. Segundo ela, enquanto o documento não for integralmente atendido, o município fica impedido de realizar qualquer tipo de intervenção no local, incluindo melhorias na estrada que dá acesso à comunidade.

O arqueólogo da Prefeitura, Gleidston Loposini Leal, explicou que a principal ação prevista é o resgate arqueológico do material existente no Sítio Facão I. “O trabalho prevê o salvamento das peças, a curadoria, a análise do material e a elaboração dos relatórios técnicos. A Prefeitura, por meio do seu corpo técnico, vai desenvolver o projeto em parceria com a UNEMAT. Após a formalização do termo de cooperação, iremos utilizar nossa estrutura e adquirir os itens necessários para realizar o resgate. Também esclarecemos dúvidas sobre outros temas, como o interesse da comunidade em utilizar a área do Facão II como espaço turístico para comercialização de produtos. A reunião foi importante para alinhar todas essas possibilidades”, destacou.

Para o vice-prefeito Luiz Landim, o diálogo entre as instituições reforça o compromisso conjunto com a preservação do patrimônio cacerense, assegurando que seus bens culturais e arqueológicos continuem sendo referência histórica, turística e identitária para as futuras gerações.