A cidade de Cáceres, à beira do Rio Paraguai, recebe a 1ª edição da COP Pantanal – Saberes e Ações pelo Clima, um encontro inédito que coloca a região no mapa mundial das discussões climáticas.
Ao longo desta semana (10 a 12.11), mais de dois mil participantes, entre pesquisadores, estudantes, empreendedores, comunidades tradicionais, povos indígenas, gestores públicos e lideranças ambientais, vão construir caminhos para um planeta mais inteligente e sustentável.

O organizador geral, Ernandes Sobreira, explicou que o evento só acontece porque muita gente decidiu fazer diferente. “A COP Pantanal é um encontro integrador. Aqui, as comunidades, o setor público, o privado e a academia constroem juntos soluções reais para o clima.”
A COP Pantanal é realizada por quatro instituições que acreditam na ciência, na educação e no impacto coletivo: Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) e Impact Hub.
“Foi uma decisão de várias instituições parceiras, para que a gente possa discutir, em simultâneo à COP 30 de Belém, as questões relativas ao nosso bioma. Aqui, comunidade e cientistas se unem para dar voz ao Pantanal”, afirmou a reitora da Unemat, Vera Maquêa.

DIA MUNICIPAL DO PANTANAL
Durante a abertura do evento, também foram assinadas leis municipais de proteção e valorização da sociobiodiversidade. São elas:
Lei nº 3.376, que institui o Dia Municipal do Pantanal, a ser comemorado em 1 de novembro.
Lei nº 3.375, que institui o Dia Municipal do Rio Paraguai, a ser comemorado em 12 de novembro.

“Tem o objetivo de reconhecer e valorizar a importância histórica, cultural, ecológica e socioeconômica do Rio Paraguai para o município, promovendo a conscientização e engajamento da população na proteção dos recursos hídricos”, declarou a prefeita Eliene Liberato.
CARTA DO PANTANAL
Durante estes três dias, teremos: palestras internacionais, oficinas e painéis temáticos, Hackaton do Clima, COP Pantanal Mirim, Semana de Biologia da Unemat (Semabio) e Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão (Jenpex do IFMT).
E o ponto alto: a construção da Carta do Pantanal, um documento com compromissos, demandas e propostas da região, que será levado para o debate global na COP 30, em Belém.

“Esse movimento cresceu. Hoje, mais de 2 mil pessoas estão envolvidas. Essa carta está sendo escrita por várias mãos, daqueles que vivem aqui no Pantanal. E essa carta será levada até a COP 30, com muita segurança de que teremos vez e voz para falar sobre ecossistema, preservação, conservação, bioeconomia, povos da floresta e, nós aqui do pantanal, estaremos representados”, afirmou o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Allan Kardec.
HACKATON DO CLIMA
Na abertura a COP, também foi entregue premiação aos vencedores do Hacka do Clima. Em 1º lugar ficou a equipe Econecta, em 2º lugar: Ecosaúde e 3º lugar: Nanapallet.

O Hacka do Clima é uma maratona de inovação de 24 horas, que reuniu estudantes, pesquisadores, empreendedores e comunidade para transformar ideias em soluções práticas para os desafios climáticos do Pantanal.