PAM acumula lixo hospitalar por falta de coleta
Por Jornal Expressão
07/06/2013 - 05:04
Grande quantidade de gases, seringas, agulhas, esparadrapos, luvas cirúrgicas e demais lixos hospitalares, estão em sacos plásticos, amontoados no fundo do Pronto Atendimento Médico (PAM), em Cáceres. O material contaminado, colocando em risco a saúde dos servidores e usuários da unidade, está nessa situação, há mais de 40 dias, por falta de uma empresa especializada para sua coleta e destinação adequada.
A direção do PAM, diz que a armazenagem do material na sede do Pronto Atendimento foi a alternativa encontrada, até que a prefeitura realize licitação para contratação de uma empresa especializada na coleta e destinação correta do lixo em reservatório ou aterro sanitário. Coordenador do PAM, Diego dos Santos afirma que já informou a administração sobre a situação e aguarda um posicionamento sobre que atitude tomar.
Além do risco de contaminação por servidores ou usuários da unidade de saúde, em caso de acidente, no manuseio das embalagens, a exposição do lixo, praticamente, a céu aberto, pode provocar danos ao meio ambiente. Embora, embalados em sacos plásticos, o vazamento de resíduos pode escorrer, em dias de chuva infiltrando-se no solo. Sem contar, a possibilidade de animais, geralmente, cães, esparramarem o material pela vias públicas.
Secretário municipal de Saúde, Luiz Landim, diz que tem conhecimento do fato. Porém, segundo ele, já está providenciando, junto a administração, a realização de licitação para contratação de uma empresa especializada para realização da coleta.
De acordo com a Norma 307 da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - todo lixo hospitalar deve ser devidamente condicionado em embalagens específicas para a sua destinação correta, e classificado da seguinte forma: Resíduos especiais – Abrange os materiais farmacêuticos, químicos e radioativos;
Resíduos comuns ou gerais – São materiais oriundos de áreas administrativas, como sucatas, embalagens reaproveitáveis, resíduos alimentares, etc.; Resíduos infecciosos – Compreendem os materiais que contenham sangue humano, materiais perfurocortantes, resíduos de diagnósticos, biopsias e amputações, resíduos de tratamentos como sondas, drenos e gazes, material patológico, dentre outros.
O correto condicionamento, assim como a destinação dos resíduos hospitalares deve ser realizada da seguinte forma:
Grupo 1 – Os materiais radioativos dispõem de regulamentação própria do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e seu procedimento deve ser feito de acordo com essa especificação, porém, é importante ressaltar que os hospitais são os responsáveis por sua destinação final. Os materiais farmacêuticos devem ser devolvidos aos fabricantes, sendo os próprios fabricantes os responsáveis por sua correta destinação final.
Grupo 2 – Plásticos, metais, papel, papelão, vidros, assim como os demais materiais recicláveis devem receber embalagens próprias de acordo com o tipo de material e sua destinação é a reciclagem interna no próprio hospital ou a entrega como sucata para postos de reciclagem.
Grupo 3 – Os materiais perfurocortantes devem ser alocados em caixas de papelão específicas para esta finalidade. Os demais resíduos devem ser colocados em sacos plásticos brancos, sempre identificados de forma visível com o símbolo de material infectante em sua parte frontal. A Destinação final desses materiais é a incineração ou o depósito em aterro sanitário através de sistema de coleta especial.