Esteticista de MT presa por manter adolescente e a filha com homossexual em rede de prostituição
Por 24 Horas News
07/07/2013 - 08:24
A esteticista Sílvia Flávia Piqueira Moreno, de Cuiabá, foi presa no Rio de Janeiro, numa investigação conjunta com a Policia de Mato Grosso, em que ele é acusada aliciar adolescentes para prostituição. Ela estaria mantendo em cárcere privado adolescente de 15 anos e também a própria filha de 17, na companhia de um homossexual de 23 anos, para programas sexuais naquela cidade. A mulher foi presa em um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com os duas menores e o jovem.
A investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança do Adolescente (Deddica), de Cuiabá começou em maio, quando foi dada a noticia de que uma adolescente de 15 anos, iniciais J.E.A.C, havia fugido de casa e estaria se prostituindo na companhia de outras garotas em Cuiabá.
Segundo a Polícia, a mulher estava no Rio há uma semana com os adolescentes. Ela vai responder no Rio de Janeiro por exploração sexual de vulnerável, cárcere privado e indução ao trabalho escravo. Em Cuiabá ela é investigada por exploração sexual, rufianismo, cárcere privado, falsificação de documento público, aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e tráfico interno de pessoas para fins de exploração sexual.
De acordo com a delegada Alexandra Fachone, a mãe da adolescente em maio quando procurou a delegacia, havia informado que a filha estava em uma residência no bairro Consil, em Cuiabá, mas o local apontado como casa de prostituição já havia sido desativado ao ser averiguado pelos policiais da unidade.
Durante as investigações, segundo a Policia, outra denúncia ao Conselho Tutelar levou a Polícia Militar a fechar uma residência no bairro Coophamil, por suspeita de manter adolescentes para prostituição. Na casa foram encontradas quatro adolescentes, entre elas a adolescente desaparecida, J.E.A.C, à época com 14 anos.
A casa era alugada por Sílvia Flávia, mãe de uma das quatro garotas (duas de 14 anos, uma de 15 e a filha da acusada de 17 anos), encontradas no local. No entanto, as adolescentes ao serem levadas à Central de Flagrantes negaram que eram exploradas sexualmente e que a casa era usada para essa finalidade.
Em buscas na casa, além das adolescentes, a Polícia apreendeu diversos medicamentos abortivos, preservativos e cédulas de identidade falsa. Na ocasião, a suspeita não chegou a ser detida, por não se encontrar na residência. Ela também explorava a filha de 17 anos junto com as demais adolescentes.
De acordo com a delegada Alexandra Fachone, na última quarta-feira, 3, a mãe da adolescente J.E.A.C., esteve novamente na Deddica e informou que a filha havia telefonado do Rio de Janeiro e que estava lá há mais de uma semana na companhia da acusada Sílvia Flávia. “Ela contou para mãe que era mantida em cárcere privado, sendo explorada sexualmente e obrigada a realizar serviços domésticos”, disse Fachone, através da assessoria da Policia Civil.
No Rio de Janeiro, em depoimento na 13ª Delegacia de Polícia de Copacabana, a adolescente de 15 anos disse que conseguiu fugir do apartamento, em Copacabana, pedir socorro na unidade policial. A menina contou que suas roupas haviam sido retidas, assim como seus documentos pessoais e dinheiro. A adolescente ainda falou que a acusada Sílvia Flávia lhe dava drogas e que tinha realizado um aborto. A menor relatou que era ameaçada constantemente de morte e que tinha medo da acusada.
A delegada Alexandra Facnhone afirmou que as investigações contra a acusada Sílvia Flávia prosseguem em Cuiabá. “Será juntado aos autos cópias de sua prisão em flagrante delito do Rio de Janeiro, onde foi presa por exploração sexual, cárcere privado e redução a condição análoga de escravo”, destacou.