Exportações do agronegócio de Mato Grosso aumentam 20% no primeiro semestre
Por Ascom/Famato
17/07/2013 - 17:55
As exportações do agronegócio de Mato Grosso cresceram 20% no primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012, passando de US$ 7,11 bilhões para US$ 8,52 bilhões. Se não fosse a significativa contribuição da produção agropecuária do Estado, a balança comercial brasileira registraria saldo negativo de US$ 11,4 bilhões.
“Os motivos para o bom desempenho da balança comercial no Estado foram o aumento da produção agropecuária e dos preços das commodities no mercado internacional que estavam muito favoráveis”, justifica o diretor executivo da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Seneri Paludo.
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as vendas externas totais do Estado no acumulado de 2013 representaram 7,5% das exportações nacionais. “Embora a colocação de Mato Grosso no ranking nacional das exportações tenha caído para a 6ª posição, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, o crescimento das exportações do agronegócio do Estado contribuiu para que o saldo negativo da balança comercial brasileira não fosse ainda maior”, informa a analista de Conjuntura Econômica do Imea, Gemelli Lyra. No primeiro semestre do ano, a balança comercial total do Brasil apresentou déficit de US$ 3 bilhões. Isso significa que o país importou mais (US$ 117,5 bilhões) do que exportou (US$ 114,4 bilhões).
Conforme o diretor da Famato, 98% das exportações de Mato Grosso são oriundas de produtos do agronegócio. A participação do milho nas vendas externas cresceu de 2% para 15% do primeiro semestre de 2012 para o mesmo período em 2013. “Foi o produto que apresentou um salto muito grande na participação das exportações do Estado. Entre as justificativas para este desempenho tão positivo estão o aumento do volume de produção do cereal e o aumento do preço”, argumenta Paludo.
Uma das preocupações do setor é o destino das exportações mato-grossenses. Somente a China tem 43% de participação nas exportações do Estado. “O que me preocupa é a participação da China, pois é muito significativa para apenas um país. Se a economia de lá balançar é um risco muito grande para nós. Precisamos de diversificação dos países para exportação e para isso são necessárias políticas públicas que contribuam com a abertura de novos mercados”, afirma Paludo.
Além da China, as exportações do agronegócio de Mato Grosso também são mais destinadas para a Holanda, Coréia do Sul, Japão e Venezuela.
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