Agentes prisionais suspendem a paralisação
Por Diário de Cuiabá
03/08/2013 - 11:43
A greve dos agentes penitenciários de Mato Grosso foi suspensa nesta sexta-feira (2) e os servidores voltaram ao trabalho hoje, depois de ficarem de braços cruzados por uma semana. O movimento foi interrompido para que as negociações com o governo prossigam.
A assembleia reuniu cerca de 400 pessoas e a maioria decidiu pela suspensão da greve. Os participantes também definiram uma reunião para análise dos encaminhamentos, que acontecerá na sexta-feira (9).
Caso não haja progressos, a categoria não descarta a retomada da paralisação já na semana seguinte.
De acordo com João Batista Pereira de Souza, presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen), a decisão foi tomada após reunião da comissão do movimento com o governador Silval Barbosa, na noite da última quinta-feira (1).
De acordo com Batista, o governador acatou o pedido da categoria e garantiu negociar os 10 itens propostos na pauta de reivindicação. Batista ressaltou que o governador prontificou-se em agilizar na Assembleia Legislativa a alteração da Lei que trata da insalubridade, que está em discussão há mais de um ano.
Ele afirmou que Silval também reconheceu a ingerência do Estado em lidar com a crise e creditou a culpa ao fato do secretariado ser recente.
Segundo o presidente, o governo não vai contratar os agentes temporários e as multas e os descontos dos pontos também serão negociados.
A contratação dos temporários, utilizando os recursos dos descontos dos trabalhadores em greve, foi uma medida de retaliação do governo aos servidores. Ela foi tomada após a gestão ter conseguido na Justiça três liminares favoráveis contra a greve e nenhuma delas ser cumprida.
A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou, por meio de Nota Oficial, que continuará em negociação permanente com a categoria para ampliar a qualidade das condições de trabalho.
ATENTADO – Batista acredita que o atentado contra um ônibus pode ter sido encomendado por presos. Ele ressalta, porém, que como cidadão fica preocupado com esse tipo de ação. No entanto, como grevista, o incêndio não teve nenhuma influência sobre a decisão da categoria.