Aproximadamente 50 mil alunos de Cuiabá ficaram sem aula no primeiro dia de greve da rede de ensino público estadual. Na Capital, mais de 85% das escolas aderiram ao movimento e mantiveram os portões trancados. Em Várzea Grande cerca de 80% das unidades não abriram nesta segunda-feira (12). Por volta de 20 mil estudantes do município foram atingidos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso subsede Cuiabá (Sintep), João Custódio da Silva, por volta de 66 das 78 escolas da rede estadual da Capital aderiram à greve já no primeiro dia. Segundo João Custódio, as maiores escolas da rede, entre elas o Liceu Cuiabano, localizado na avenida Getúlio Vargas, e o Colégio Estadual Presidente Médici, na avenida Mato Grosso, já estão sem funcionar. O sindicato prevê que até a próxima quarta-feira (14) 100% dos colégios da Capital entrarão no movimento. Conforme o presidente do Sintep estadual, Henrique Lopes do Nascimento, existe hoje na rede pública estadual mais de 40 mil funcionários. Ele afirmou que a decisão foi tomada após assembleia geral realizada no último dia 5 de agosto, no mesmo dia em que se iniciou o segundo semestre do ano letivo, e que representantes de mais de 100 municípios votaram pela paralisação. A categoria pede a dobra do poder de compra do salário dos trabalhadores, em um prazo de sete anos. O que significaria um reajuste de mais de 10%, acima da inflação, ao ano. Outra reivindicação é pela aplicação de 35% dos recursos na educação, seguindo a lei estadual. Além disso pede a realização de um novo concurso público, a convocação dos classificados do último certame, garantia da hora-atividade para interinos e melhoria na infraestrutura, entre elas a climatização das salas de aula. Esta não é a primeira vez que a categoria realiza uma paralisação em 2013. Em abril deste os professores já haviam protestado em busca do reajuste no piso salarial e convocação os aprovados no último concurso. MANIFESTAÇÃO – Os grevistas marcaram um ato público para as 15 horas desta terça-feira, em frente a Praça Alencastro, no centro de Cuiabá para cobrar mais agilidade na resposta do governo. No interior outros protestos também estão sendo realizados pelos Sinteps regionais. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) emitiu uma nota de esclarecimento afirmando que não entende o motivo da paralisação, já que em uma conversa realizada com a categoria, e com a presença do governador Silval Barbosa no dia 25 de julho, foi dado até o dia 15 de outubro para a resolução dos problemas. De acordo com a nota, na ocasião uma comissão foi montada para tratar do tema.