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Irmão da vítima reconhece pistoleiro que matou Jonatas Correia
Por Diário de Cáceres
16/10/2013 - 11:42

Foto: Diário de Cáceres
Foi preso no início da noite de ontem, terça-feira, 15. Elson Mendes da Silva, conhecido como "Nenê". Ele é acusado de ter atirado contra Jonatas Correia de Oliveira, de 24 anos, no sábado, dia 5. Jonatas foi alvejado por sete tiros de pistola, dentro da funilaria onde trabalhava com o irmão, e morreu ao dar entrada hospital. Após duas testemunhas terem feito o reconhecimento de Elson através do arquivo fotográfico da polícia (ele tem antecedentes por roubo), o delegado responsável pelo inquérito, Guilherme de Carvalho Bertoli, fez o pedido de prisão temporária, que foi expedido no final da tarde pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Cáceres, Jorge Alexandre. O suspeito foi preso em um bar da rua Joaquim Murtinho, onde estava jogando sinuca. Ele nega o crime e afirma ter álibi. Diz que na data do fato estava em San Mathias, na Bolívia, e que terá como provar isso através do bilhete da passagem. Ele diz também que não conhece o ex-sargento do Exército Diogo Canuto, acusado de ser o mandante do crime. Diogo foi preso na sexta-feira última, pela PRF, no Distrito do Caramujo, onde aparentemente esperava a esposa e o filho para fugir de Cáceres. O delegado Guilherme Bertoli afirma que as investigações apontam para o tráfico de drogas como motivo para o assassinato de Jonatas. "Nenê" deu depoimento nesta quarta-feira, 16, as 10 horas, no CISC, onde está preso também o ex-sargento Diego, em uma cela separada. Uma segunda testemunha será convocada para fazer o reconhecimento. A polícia espera chegar agora a um terceiro homem, que teria dado suporte ao pistoleiro. "Nenê" foi reconhecido na noite de ontem, no Cisc, assim que foi preso. A testemunha garantiu que foi ele o autor dos disparos. A testemunha disse ainda que reconheceu o acusado também pela voz. Antes de atirar em Jonatas, ele disse:"você pulou". O delegado disse que apesar de ambos negarem, há outros procedimentos que poderão comprovar a autoria do crime. Na casa do ex-sargento, a Polícia Civil, através de um mandado judicial de busca e apreensão, encontrou seis aparelhos celulares e vários chips, e o material será periciado. Entenda o caso: Na tarde de sexta-feira,11, foi preso o ex-sargento do Exército Diogo Canuto, de 26 anos, suspeito de ser o mandante do crime de execução que vitimou o funileiro Jonatas Correia de Oliveira, de 24 anos, ocorrido no sábado,5, por volta das 16 horas. Ele teve a prisão temporária decretada pelo juiz titular da 1ª Vara Criminal de Cáceres, Jorge Alexandre, a pedido do delegado da Homicídios do CISC Cáceres, Guilherme de Carvalho Bertoli. Diogo foi preso no Distrito do Caramujo, pela Polícia Rodoviária Federal, que já estava com sua foto. Os patrulheiros suspeitaram do Honda Civic cor preta parado e fizeram a abordagem. Diogo estava sozinho e não esboçou reação. Pela bagagem encontrada no interior do veículo (muitas malas e um carrinho de bebê), suspeita-se que ele estava esperando a esposa e o filho para fugir. Desde sábado, ele estava escondido. A Polícia Civil tenta agora chegar ao pistoleiro que executou a vítima e ao homem que deu suporte na ação. Jonatas foi executado na rua São Carlos, no Jardim Marajoara, próximo a avenida Talhamares (atrás do Chico Boleiro), quando estava na oficina JJ, onde trabalhava. Ele estava no interior da oficina quando um veículo Gol, cor prata, com dois homens, se aproximou. Um deles desceu, chamou Jonatas e chegou a cumprimentá-lo. Após soltar sua mão, pegou uma pistola da cintura e efetuou dois disparos, que atingiram o abdome do jovem. A vítima tentou correr, caiu, e seu executor pisou sobre seu corpo, efetuando mais cinco disparos, que atingiram sua cabeça. Socorrido pelo irmão, que é proprietário da oficina, Jonatan morreu logo ao dar entrada no hospital. Quando seu irmão correu para socorrê-lo, o homem que ficou no carro efetuou dois disparos, mas não atingiram o alvo. Dados preliminares apontam que Jonatas não tinha antecedentes criminais. Mas trabalha na hipótese do seu envolvimento com o tráfico -ele seria responsável por camuflar pacotes de drogas em veículos, e a suspeita é que nos últimos carregamentos ele estava subtraindo parte da droga. Diogo Canuto foi sargento do Exército em Cáceres, de onde foi transferido para Cuiabá, pedindo baixa.No Exército ele já era investigado por tráfico. Pouco antes do crime, ,Diogo esteve na oficina, dirigindo um Corola de cor escura, na companhia de outro homem -este outro homem é o mesmo que voltou depois e executou o funileiro. As investigações apontam que Diogo foi até o local para mostrar a vítima e seu paradeiro ao executor. Este homem -o pistoleiro- tem estatura mediana, é moreno, e usava camisa de manga comprida e chapéu, Quando Diogo conversava com Jonatas, ele permaneceu no interior do veículo mas foi visto por uma testemunha. E depois voltou à oficina trajando a mesma roupa e usando o chapéu. Ele disse à vitima, antes de atirar: "meu amigo Jonatas, você 'pulou'-termo usado no meio criminoso ao se referir que a pessoa morreu. O irmão de Jonatas, em seu depoimento à polícia, afirma nunca ter visto o pistoleiro. A polícia acredita que está perto de chegar aos outros envolvidos. "Foi um crime de empreita", afirmou o delegado Guilherme.Diogo Canuto é considerado o principal suspeito de ter mandado executar Jonatas. A perícia no celular do suspeito e a busca que a Polícia Civil realiza ainda hoje em sua casa pode levar a mais indícios. O delegado informou que prosseguem as diligências para para apurar todos os detalhes que culminaram com a execução de Jonatas. A família da vítima -pai, irmã, sogra e esposa (que está grávida do terceiro filho), estavam na delegacia, para ver Diogo. O pai disse: "é ele mesmo, ele sempre ia a oficina". À imprensa e aos policiais Diogo negou o crime. Disse que esteve na oficina discutindo com Jonatas devido ao preço alto cobrado por um serviço feito no carro de sua esposa. O delegado, no entanto, afirma que ele caiu em contradição diversas vezes. Assim que ele chegou, seu advogado compareceu ao CISC. O pedido de prisão temporária tem validade de dez dias. Fonte: Diário de Cáceres
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