Sandra Giselli Tomaz é condenada a cinco anos em semi-aberto
Por Diário de Cáceres com Ripa nos Malandros
25/10/2013 - 23:05
Acabou às 20:45h, o julgamento da ré Sandra Gisele. A previsão era de acabar até a meia noite, o encerramento surpreendeu a todos . Segundo o Dr. Jorge Alexandre, juiz que presidiu o júri, o término antes do previsto se deu em virtude de não haver muitas discussões entre as partes.
Os jurados entenderam que o crime foi de origem culposa (quando não há intenção de matar), e não dolosa, e a tese da defesa foi acatada pelos jurados,que condenaram
a ré a 5 anos e 3 meses em regime semi-aberto, já que Sandra Giselli, preenche todos os requisitos (sendo ré primária, tendo endereço fixo,etc). No cumprimento da sentença, é descontado o tempo que ela já cumpriu, enquanto esperava o julgamento,
Entenda o caso
No dia 28 de maio de 2011, Sandra atropelou o menino Marcelo Arruda da Silva,de 10 anos. Ele estava sentado no degrau da porta da sala, com mais duas crianças, que conseguiram escapar. Sandra perdeu a direção do veículo quando virou a esquina e entrou no quintal da casa, derrubando parte da parede da sala e atingindo a vítima em cheio. O fato ocorreu no bairro Cidade Nova, e Sandra saiu do local, afirmando depois que teve medo de ser linchada. Depois, também, confirmou que não possuía carteira de habilitação. No carro, foram encontradas latas de cerveja vazias.
Marcelo foi transferido para um hospital de Cuiabá e teve as duas pernas amputadas, mas uma semana depois faleceu- um dia antes de completar 11 anos.
Sandra foi denunciada pelo Ministério Público e pronunciada pela justiça em 2012, por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
Marciano Xavier das Neves, advogado de Sandra, afirmou que a ré sempre esteve à disposição da Justiça . Ela ficou presa por cinco meses e devido a problemas de saúde (complicações na gravidez) ganhou o benefício de prisão domiciliar, no qual se encontra.
Sandra é esposa de um Policial Militar. No dia do acidente, o carro foi guinchado antes de ser lavrado um boletim de ocorrência e o local ser periciado, segundo denúncias da família de Marcelo. O comando da PM informa que foi aberto procedimento administrativo para investigar os motivos e policiais já prestaram depoimento à Polícia Civil sobre o assunto, mas em casos assim,a competência para analisar o comportamento dos soldados perante a ocorrência é da Corregedoria da instituição.
A família de Marcelo, usando camisetas com sua foto, está acompanhando o juri desde o início.