A Caixa Econômica Federal reformulou sua linha de crédito pessoal garantido pela alienação de imóveis. O nome mudou de Crédito Aporte para Crédito Imóvel Próprio. A principal modificação é o limite: seis meses após a contratação do produto, o cliente terá direito a novas liberações, caso não utilize o valor total aprovado no ato da contratação — sem necessidade de novo registro em cartório. Se o cliente obtiver limite de R$ 60 mil, e usar apenas R$ 30 mil, em seis meses ele poderá usar os outros R$ 30 mil, por exemplo. O dinheiro não tem destinação específica — pode ser usado para comprar um carro, financiar estudos, quitar dívidas mais caras em outros bancos e até comprar outro imóvel de menor valor — mas neste caso, não vale a pena pois os juros do crédito imobiliário costumam ser mais baixos. O financiamento pode chegar a até 60% do valor de avaliação do imóvel dado em garantia, e não há limite máximo de valor para o empréstimo, ou do valor de imóvel. O prazo máximo é de até 300 meses e as taxas variam de 1,10% a 1,49% ao mês, mais TR. São aceitos como garantia da operação imóvel residencial, imóvel comercial ou terreno, e imóvel rural que possa ser apresentado como garantia (alienação fiduciária). Segundo o diretor executivo de clientes e estratégia de varejo da instituição, Édilo Ricardo Valadares, as mudanças tornam o produto mais atraente para os clientes. “O limite global é um importante diferencial do produto, pois o cliente poderá realizar novas liberações de crédito de acordo com a sua necessidade”, afirma.Para a Caixa, a vantagem é o baixo risco de inadimplência — segundo Valadares, as perdas são praticamente inexistentes. Conhecida no mercado como ‘home equity’ ou refinanciamento de imóveis, a linha permite que o cliente usufrua do seu patrimônio sem se desfazer deste. Na primeira quinzena de novembro, a carteira do produto alcançou R$ 6 bilhões. A quantidade de contratos foi de 120,4%, segundo informou a Caixa. (Com informações do IG)