Pais confessam assassinato do filho
Por Diário de Cuiabá
07/01/2014 - 13:47
O casal André Luis de Souza, de 22 anos, e Tainara Araújo, de 19, foi preso acusado de matar o próprio filho, um bebê do sexo masculino de um mês de vida. A prisão ocorreu ontem de madrugada, após o casal procurar o Hospital Santa Helena com o bebê nos braços, já em óbito. Uma enfermeira plantonista suspeitou de algumas lesões pelo corpo do bebê e acionou a Polícia Militar.
De lá, o casal foi levado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) onde foi autuado por homicídio doloso (quando se tem a intenção) e por omissão de socorro.
Na Delegacia, o casal confessou que, durante a briga entre eles, o rapaz acabou derrubando o bebê no colchão que fica no chão. Como eles já haviam feito “mordidas de carinho” no bebê desde que nasceu, ficaram com receio de procurar o Pronto Socorro de Cuiabá (PSC) ou mesmo uma Policlínica, próximo do Ribeirão do Lipa.
Aos policiais, o casal relatou que o fato ocorreu na sexta-feira à noite e ficaram dois dias dando dipirona em gota para o bebê que, já no sábado de manhã, começou a se repuxar entrando em convulsão. “Pensamos que fosse câimbra. Então, continuamos com a medicação”, relatou o casal.
“A criança ficou dois, quase três dias, agonizando. Só na base de dipirona, o que é inacreditável. O casal sabia que as mordidinhas não eram tão inofensivas assim. Por isso, não procuraram socorro”, observou um policial.
No domingo à noite, com o bebê agonizando, o casal procurou um pastor evangélico. “Isso não é coisa de oração e sim de médico. Vocês têm que procurar um médico urgente”, teria orientado o pastor. O casal, então, procurou o Hospital Santa Helena com a criança em óbito.
“A enfermeira, ao ver o estado do bebê, chamou a Polícia”, explicou um policial da DHPP. Os jovens procuraram o Hospital, por volta das 2 horas. O laudo preliminar de necropsia aponta para traumatismo craniano em consequência da queda.
O casal está sendo autuado por homicídio doloso (quando tem a intenção de matar) e também por omissão de socorro. A delegada Anaíde Barros, de plantão na DHPP concluiu o flagrante no início da tarde, pois está ouvindo o casal e, em seguida, ouviu os policiais e o pastor.