Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Fronteira: Reunião define acordo entre Brasil e Bolívia
Por Diário de Cuiabá
05/02/2014 - 09:13

Foto: ILUSTRATIVA
Moradores de cidades dos dois lados da fronteira do Brasil com a Bolívia voltaram a se mobilizar esta semana contra os altos índices de violência e a precariedade dos serviços de segurança na região. O comércio e a troca de carros brasileiros por droga no território vizinho atingiram proporções ao ponto de intimidar a entrada de brasileiros para fazer compras em cidades bolivianas, entre as quais San Matias, que fica na divisa do município de Cáceres. Em Cáceres (230 km de Cuiabá), segundo o prefeito Francis Mari Cruz, o índice de roubo de carros e motos vem aumentado por causa da facilidade de comércio ou negociação por drogas na Bolívia. Em 2013, diz, foram mais de 240 ocorrências de roubos. “Acreditamos que 99% foram levados pra lá”, completa. Ontem, depois de fechar a fronteira por um dia inteiro na segunda-feira, moradores e autoridades dos dois países deram início a um movimento pela proibição do comércio de carros roubados em território boliviano e pelo fortalecimento do policiamento na fronteira. Entre as reivindicações dos brasileiros está a revogação da medida que prevê a desativação do destacamento do Exército na localidade conhecida como “Corixa”, na BR-070, município de Cáceres. As lideranças rurais, comerciais e autoridades públicas querem que essa unidade do Exército seja subdividida em pelotões, para que possa ter poder de polícia e assim fiscalizar e efetuar prisões. A reabertura da unidade fixa do Gefron(Grupo Especial de Fronteira), na Polícia Militar, no “posto Limão”, desativada há pouco mais de um ano por falta de efetivo e de infraestrutura física e de manutenção é uma das prioridades do movimento pró-fronteira mais segura. De acordo com o prefeito Francis Mari, na reunião que aconteceu na manhã de ontem, com a presença de representantes do Exército das policias militar e civil dos dois países, além de comerciantes e produtores agrícolas, ficou definido que essas questões serão levadas ao governador do Estado, Silval Barbosa, e ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Mas enquanto isso não acontece, ou seja, o Brasil e a Bolívia não formalizem um tratado que proíba o comércio de carros roubados, um acordo informal vai permitindo a entrada de autoridades brasileiras para recuperar de veículos em território boliviano. O comandante do Gefron, tenente-coronel Wanckley Corrêa Rodrigues, reconhece dificuldades para fazer a segurança da fronteira, mas diz que a PM está agindo com policiamento móvel. Segundo ele, a reativação do “Posto Limão” deve acontecer com o ingresso de novos policiais do concurso em andamento. Rodrigues observa que ano passado o Gefron recuperou, sem custos às vítimas, 20 carros roubados que estavam dentro da Bolívia. Antes, diz, os bolivianos cobravam até R$ 20 mil para “devolver” carros. Nota do site Diário de Cáceres: Continuam cobrando. O fazendeiro Celso Miura, de Cáceres, pagou no final da última semana 2 mil dólares para reaver o trator roubado de sua propriedade.
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