Menos de 48 horas após tentar atribuir aos três vereadores da oposição Edmilson Campos (Café no Bule), Tarcísio Paulino (PSB) e Félix Alvares (Sol) a culpa por projetos considerados de extrema importância para o Executivo estarem parados na CCJ – Comissão de Constituição, Justiça, Trabalho e Redação a máquina municipal muda de estratégia e retira da pauta dois Projetos de Leis na tentativa de buscar a unidade entre a bancada governista que nas contas da atual gestão somam 8 vereadores. (A Câmara é composta de 11 vereadores)
“Os projetos estão parados porque estão incorretos em alguns casos e em outros como no que aumenta o valor do IPTU em mais de 300% nem os vereadores governistas querem pagar a conta por esse aumento que certamente irá revoltar toda a nossa população” argumenta Edmilson Campos (Café no Bule)
Félix Alvares (Sol) declara que o mais cômodo seria tentar jogar a culpa nas costas da oposição o que não representa a verdade. “Alguns projetos de autoria do Executivo estão parados primeiro porque a base de apoio ao prefeito nesta Casa não foi convencida o suficiente para vota-los e em segundo lugar tem projetos ligados a organização do nosso trânsito que o próprio líder do prefeito exigiu a realização de audiências públicas para ouvir a população” justifica Alvares.
Tarcísio Paulino (PSB) lembrou que uma administração que diz ter o apoio de 8 dos 11 vereadores jamais poderia tentar culpar a oposição pela não votação de determinados projetos. “O apoio de 8 vereadores representaria a aprovação de qualquer matéria nesta Casa. Se isso não está ocorrendo o problema está na situação e não na oposição” alfinetou Tarcísio.
Os dois Projetos de Leis que foram retirados da pauta para reanálise são: O que atualiza a Planta Genérica do Município aumentando o valor do IPTU em mais de 300% e o que Dispõe sobre denominação das ruas e avenidas do município visando atender o Projeto de Codificação Postal da cidade. Este último projeto da forma como está é considerado inconstitucional pela CCJ.
A expectativa agora é pela retirada do projeto que cria a Secretaria da Fazenda. É consenso entre os 11 vereadores a importância da criação da nova pasta para a adoção de uma politica capaz de promover a melhoria da arrecadação do município. A divergência está na fusão da Secretaria de Turismo com a de Indústria e Comércio, inclusive com a transferência de parte dos servidores e do orçamento financeiro da Sematur para a nova pasta.
“O trade turístico e o Comtur-Conselho Municipal do Turismo defendem o fortalecimento da Secretaria como forma de fomentar o setor o que pode ser comprometido com essa fusão no mínimo equivocada” argumenta Tarcísio Paulino vereador e membro do Comtur.
Mesmo com a Câmara dividida o Executivo ainda não decidiu se irá retirar da pauta os 3 projetos que criam a Secretaria de Fazenda e mudam o Lotacionograma da prefeitura para promover as adequações que atendam as reivindicações da maioria dos parlamentares e do setor ligado ao turismo.
FOTO WILSON KISHI