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BR 174:DNIT reafirma inexistência de risco
Por Expressão Notícias
10/03/2014 - 10:53

Foto: Ronivon Barros

Prefeito vai cobrar ações de deputados para 'evitar tragédias'

A preocupação com o possível rompimento da pavimentação asfáltica da rodovia federal BR 070/174 no trecho próximo a ponte Marechal, em Cáceres, mobiliza e coloca em lados opostos a direção do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e o prefeito Francis Maris Cruz. Diretor do órgão no município, engenheiro Antônio Carlos Victório, endossa a opinião do colega de departamento, engenheiro Orlando Fanaia Machado, de que, pelo menos, por enquanto, não há risco de qualquer acidente nesse sentido. O prefeito, por outro lado, diz que devido ao risco irá cobrar da bancada federal do Estado, no Congresso Nacional, ações emergenciais para evitar uma possível tragédia.

Apesar de o problema ser antigo – estudo mostra que a erosão avança cerca de 3 a 5 metros em direção à rodovia, desde 2006 - as imagens das rachaduras no pavimento foram divulgadas, com exclusividade, pelo Jornal Expressão, na edição do último domingo. Ao contestar o risco de um possível acidente pelo rompimento do aterro, o engenheiro explicou que “as fissuras que aparecem na imagem estampada no jornal estão na rodovia do lado do pântano, não do rio. Logo não sofre nenhum impacto da correnteza. Com isso, não há risco de rompimento” explicou.

A exemplo do engenheiro Orlando Machado, chefe do departamento de engenharia do Dnit, Antônio Carlos, afirma que o órgão já dispõe de solução para o problema. Apresentou, inclusive, cópia do projeto, na qual assinala que será realizado cerca de 900 metros de enrocamento (proteção feita de pedras) na margem do rio, para conter o processo erosivo. “O projeto para conter a erosão já está à disposição do Dnit em Cáceres. Deverá ser executado, tão logo, o rio volte ao leito normal” disse afirmando que, o serviço consiste em uma grande proteção da margem desde a praia do Julião, cobrindo toda a parte côncava do rio nesse trecho.

O prefeito Francis Maris, por outro lado, coloca sob suspeita as explicações dos engenheiros do Dnit e ataca em duas frentes: política e justiça. Por meio político, diz que já entrou em contato com o deputado federal Eliene Lima, para que agende uma reunião com a bancada federal de Mato Grosso, no Congresso Nacional. A proposta, conforme o prefeito será exigir dos deputados a viabilização de ações emergenciais para, segundo ele, prevenir contra uma possível tragédia com o rompimento da rodovia.

“Os riscos são eminentes. Independe de que lado da rodovia esteja, a água penetra nas rachaduras e pode sim causar o rompimento com danos incalculáveis para toda região. Já entramos em contato com o deputado Eliene Lima, que agendou uma reunião com a bancada federal em Brasília. Vamos exigir providências para evitar uma possível tragédia”. No que se refere a justiça, diz que, reapresentou a denúncia sobre o problema, junto ao Ministério Público Federal (MPF), desta vez com várias imagens dos locais da rachaduras, cobrando da justiça federal, mais celeridade no processo contra o Dnit.

A erosão do barranco, em direção do aterro, de acordo com especialistas, seria decorrente, a uma série de fatores, entre elas, a velocidade da correnteza, nos períodos de rio cheio. De acordo com um relatório elaborado por pesquisadores de três universidades UNESP, UFMT e UNEMAT, em 2006, em alguns trechos, principalmente, nas imediações da praia do Julião, a erosão estava a 60 metros do aterro. Hoje está a menos de 15. À época, quando a barranca estava a 60 metros da rodovia, os pesquisadores previram que a em 5 anos a erosão alcançaria o aterro e, consequentemente, o asfalto. A pesquisa foi realizada pelo doutor Aguinaldo Silva, da UNESP, a doutora Célia Alves de Souza; o mestre Alex Jorge da Silva e Davi Rezende de Freitas da Unemat e o engenheiro Adilson Domingos dos Reis, da UFMT.

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