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Vacina contra o HPV pode causar reações que são comuns a outros tipos de vacina
Por Diário de Cáceres/Globo Saúde
17/03/2014 - 13:37

Foto: ILUSTRATIVA

efeitos colaterais podem aparecer após a injeção, sendo os mais  comuns  dor de cabeça, náusea, febre branda e reação no local da aplicação

A vacinação contra o HPV começou na semana passada  em Cáceres, pelas escolas municipais. Esta semana, estão sendo vacinadas meninas de escolas particulares. Na próxima semana, será a vez das escolas estaduais. Depois, a vacina ficará disponível nos postos de saúde. As reações que as meninas tem sentido são comuns a outros tipos de vacina, informa a Secretaria Municipal de Saúde, que antes de começar a vacinação, distribuiu folhetos de autorização para os pais assinarem. Em Cáceres, houve apenas duas recusas.(Diário de Cáceres)

Saiba mais sobre a vacina, reações e sobre o HPV:

A partir deste mês de março, a quadrivalente contra o HPV entrou  no calendário de vacinação brasileiro. Estão sendo vacinadas meninas de 11 a 13 anos em escolas públicas ou em postos de saúde. Em 2015, será a vez de meninas de 9 a 11 anos. Por recomendação da Organização Pan-americana da Saúde, ela será aplicada em três doses: as duas primeiras com um intervalo de seis meses entre; e a terceira após cinco anos.

- No Brasil, cerca de 4,8 mil mulheres morrem por ano em decorrência de câncer de colo de útero, tendo o HPV como 70% das causas - diz o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. - Alguns anos atrás esse tipo de câncer era a principal causa de morte entre elas. Hoje conseguimos ampliar a realização do papanicolau, e o câncer de colo de útero caiu para a quarta causa nas regiões mais desenvolvidas. No Norte e no Nordeste ele ainda está em segundo lugar.

A ginecologista Rebeca Oliveira, da Med-rio Check-up, alerta que a vacina não previne totalmente contra o HPV, e que o uso da camisinha e a realização do papanicolau são indispensáveis.

 

Perguntas e respostas

Quem já foi infectado deve tomar a vacina?

Sim. Mesmo que entre 52% e 68% das mulheres criem anticorpos naturais contra a infecção pelo HPV, ainda há a possibilidade de ser infectada por outros tipos do vírus, por isso vale a pena tomar.

Qual o limite de idade e o melhor momento para tomar a vacina?

O ideal é que a vacinação seja feita antes do início da vida sexual, mas quem não é mais virgem também deve tomar. A vacina oferece proteção de longo prazo contra o HPV. A indicação para mulheres acima de 26 anos é tomar a bivalente, que tem como foco maior a prevenção do câncer e não das lesões benignas. Isso não quer dizer, no entanto, que a quadrivalente terá efeito negativo.

 

Por quanto tempo a pessoa fica protegida?

Os primeiros estudos clínicos foram realizados há 10 anos, e o acompanhamento dos voluntários ainda não apontou nenhuma falha para os tipos de HPV contidos na vacina.

 

A vacina causa reações adversas graves ?

Não há comprovação científica. Em julho deste ano, a OMS emitiu um comunicado reafirmando a importância e a segurança da vacina. Os efeitos colaterais mais comuns são dor de cabeça, náusea, febre branda e reação no local da aplicação. Algumas adolescentes podem desmaiar e, por isso, os fabricantes recomendam que as mulheres fiquem sentadas 15 minutos após tomar a vacina.

 

Saiba mais sobre o vírus

HPV

O papilomavírus humano se instala na pele ou em mucosas e é a DST mais frequente no mundo, com mais de cem tipos

Doenças relacionadas

Verrugas genitais, câncer de colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis, boca e garganta

Prevenção

A camisinha evita entre 70% e 80% das transmissões. O exame papanicolau detecta até 90% dos cânceres de colo do útero

Vacina bivalente

Protege contra os tipos 16 e 18 do vírus. Deve ser tomada em três doses: a primeira, um mês depois e outra após seis meses. É indicada para mulheres a partir de 9 anos e cobre 70% de lesões pré-cancerosas de colo do útero

Vacina quadrivalente

Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus. No sistema público, será tomada em três doses: as duas primeiras com intervalo de seis meses, e a terceira após cinco anos. Em clínicas de imunização privadas continua a ser dada também em três doses: a primeira, dois meses depois e outra após seis meses. É indicada para homens e mulheres, de 9 a 26 anos, e cobre 70% de lesões pré-cancerosas de colo do útero; 90% de lesões pré-cancerosas de ânus; 50% de lesões pré-cancerosas de vulva; 60% de lesões pré-cancerosas de vagina; 90% de verrugas genitais(Globo Saúde)

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