O delegado de Polícia Civil de Araputanga compareceu, por volta de 10h30min na terça-feira dia 25 de março/14 em uma propriedade rural, na Comunidade Raizama, no município de São José dos Quatro Marcos-MT.

Máquinas da Secretaria de Obras do Município de Araputanga executavam serviço em estrada que seria da propriedade (particular), onde trabalhavam funcionários da Prefeitura de Araputanga desde o dia 24 de março. O trabalho realizado fora do município, uma ação boa e que favorece o tráfego nas estradas vicinais, pode resultar inclusive, em improbidade administrativa.

No local os servidores públicos trabalhavam com uma retroescavadeira, obtida com recursos do PAC 2, um caminhão caçamba e,  uma pá carregadeira que tem o selo do FETHAB (recurso estadual), todos os equipamentos em questão pertencem ao patrimônio do município de Araputanga.

CASO DE POLÍCIA

Para averiguação, compareceu na propriedade, o Delegado Dr. Fernando Fleury em uma viatura da Polícia Civil, ocasião em que teria dado ordem para interrupção nos serviços. No primeiro momento, o maquinário ficou na propriedade e, os funcionários públicos municipais foram deslocados no caminhão caçamba do município de Araputanga, para a Delegacia da Polícia Civil de Araputanga onde foi lavrado o Boletim de Ocorrências nº 2014.82267.

No documento policial, além dos nomes dos servidores públicos, que trabalhavam cumprindo ordens superiores, há ainda, o nome de outros dois homens que são testemunhas do fato, um de 30 e outro de 31 anos.

LOCALIZAÇÃO

Para confirmar a localização da propriedade que estava sendo atendida, a reportagem da Folha de Araputanga que acompanhou com exclusividade o fato, buscou a coordenada geográfica com Latitude e Longitude. O resultado obtido confirma que a localização da propriedade está no município de São José dos Quatro Marcos: Latitude -15º 32' 51,04"S Longitude -58º 25' 27,30"

POR QUE AS MÁQUINAS ESTAVAM NO LOCAL

A Folha de Araputanga buscou e obteve a informação que na noite de domingo (23), um caminhão com capacidade para transportar nove mil litros de leite ficou atolado no município de Quatro Marcos enquanto trafegava carregado. O caminhão é propriedade de um prestador de serviços terceirizado.

Consultado, o Chefe de Transporte, Sr. Luiz Carlos, da Coopnoroeste, informou que “De fato, um caminhão de terceiros atolou na noite de domingo e tratores da região não conseguiram retirá-lo do atoleiro”.

Sem saber que o transportador estava atolado no município de Quatro Marcos, o setor de transportes da Cooperativa teria solicitado ao Secretário de Obras que mandasse o maquinário para desatolar o caminhão. No dia seguinte, uma pá carregadeira deslocou-se para fazer o serviço, contudo, teria ficado atolada, também. Então, a retroescavadeira foi enviada para retirar a pá do atoleiro. Na oportunidade o Setor de Transporte da Cooperativa teria solicitado para que fosse jogado cascalho no local.

BOTAS E REGIÃO

Quem mora nas comunidades rurais, como Botas, Rio Vermelho e adjacências também vive seus “momentos de atoleiros”, estradas esburacadas e, cabeceiras de pontes caídas. Esses habitantes que não estão nada felizes com as dificuldades enfrentadas, já estiveram inclusive, no gabinete do prefeito para solicitar providências a fim de minorar os desafios para o tráfego que, algumas vezes, fica impedido devido às constantes chuvas que caem sobre a região.

CIDADE

Com as chuvas não está muito diferente as condições das ruas da zona urbana. Se por aqui não há atoleiros, há ruas onde os moradores reclamam que o tráfego está muito difícil.

O tapa-buracos que vem sendo feito ao longo dos anos não dá conta de resolver o problema definitivamente. Na verdade o serviço termina funcionando como “tapar buraco com dinheiro público”; na primeira chuva o “recurso é lavado” e levado rio abaixo e o buraco surge maior do que antes. Se não for providenciado tapa-buracos e lama asfáltica no período seco, em poucos anos a malha asfáltica esfarinhará nas principais ruas da cidade como ocorre com a Rua Sebastião Fernandes de Oliveira nos duzentos metros próximos do Córrego da Garrucha.

Apesar dos esforços da Secretaria de Obras, por toda cidade, os buracos se proliferam em razão da precipitação. Um exemplo visível pode ser conferido pela população à Rua Rui Barbosa esquina com a Rua Sebastião Fernandes de Oliveira, próximo ao Centro de Saúde. No local poderia facilmente ser colocado cavaletes impedindo o tráfego de veículos. E, enquanto as chuvas não cessarem, mesmo que providências sejam tomadas o problema dos buracos serão retomados.