Depois do desmantelamento da Operação Fidare pela Polícia Federal, o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PMDB), a fim de evitar irregularidade na gestão, vai tirar dinheiro do próprio bolso para compra de medicamentos para a secretaria de Saúde. O intuito é não precisar passar por licitações. Até agora, segundo ele, foram “doados” R$ 70 mil. “Não é justo (retirar do próprio bolso), mas para não acontecer fraudes eu prefiro pagar de meu bolso”, explica o chefe do Executivo ao Rdnews.
De acordo com o prefeito, o modo como eram feitos os procedimentos para adquirir medicamentos facilitava a fraude. Nas gestões anteriores o Executivo adquiria os remédios para posteriormente fazer a licitação. “Era costume fazer isso nas outras gestões”, enfatiza.
Para Francis a operação foi um divisor de águas ao mostrar que quem comete crimes acaba preso e inibe outras pessoas a cometerem o mesmo erro. Até agora, o gestor efetuou três mudanças na gestão. Nomeou novos comandantes para as secretarias de Finanças e Administração, além de Controladoria Geral.
A auxiliar administrativa Anilce Ribeiro assumiu a Administração no lugar de Célia Egues, exonerada apesar de não ter sido presa, apenas conduzida pela PF para prestar depoimento. Ao servidor Alexandre Silva Fagundes foi atribuído o comando das Finanças no lugar do então secretário Odiner Gonçalves, preso na operação. Já o contador Arnaldo Donizete Tralde ficou encarregado da Controladoria Geral do município no lugar de Renan Rangel Ramos da Silva, também preso na operação.
A Operação foi desbaratada em 1° de abril, quando servidores da prefeitura tiveram a prisão decretada por possível fraude em três programas do Ministério da Saúde, nos últimos dois anos.