Faltando menos de uma semana para a Copa do Mundo de Futebol, agentes do sistema socioeducativo entram em greve a partir da próxima segunda-feira. Ao contrário das demais greves onde a questão salarial está entre as principais reivindicações a questão principal para a decisão de cruzar os braços é a falta de condições de trabalho.
Segundo o presidente do sindicato da categoria Paulo Cesar de Souza, o abandono da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) está mais do que evidente nos locais de trabalho.
Ele destacou que as unidades socioeducativas – conhecidas como Complexo do Pomeri de diversas cidades – estão sem condições de atender a recuperação dos infratores. A questão da falta de infraestrutura nos prédios é um dos pontos básicos.
Ele lembrou que os menores fazem motins, rebeliões e conseguem se armar com chuços com a maior facilidade, uma vez que arrancam pedaços de ferros das camas de concreto.
Paulo César esclareceu que somente um plano com reformas estruturais nos prédios com início e principalmente prazo de entrega das obras poderá fazer que a categoria mude de idéia.