Quase um mês após os estudantes de medicina da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) terem paralisado as atividades, a Justiça de Mato Grosso entrou no caso e servirá de mediadora entre os acadêmicos e reitoria hoje, no Fórum de Cáceres. A intervenção foi solicitada pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT).
A greve deflagrada no dia 13 de agosto de 2014, foi motivada pela falta de condições na estrutura física e curricular da universidade, em especial, do curso de medicina, que foi considerado o pior do Estado no Ranking Universitário da Folha (RUF), divulgado na última segunda-feira (8).
A princípio, a paralisação só seria suspensa se as reivindicações fossem atendidas, são elas: melhor qualificação dos professores, docente com requisitos mínimos de carga horária, contratação de recursos humanos administrativos, disponibilização de bibliografia mínima recomendada e ainda regularização de convênios com instituições de saúde e Prefeitura.
Em um blog do movimento, os estudantes ressaltaram que não querem prejudicar a instituição e nem seus professores e demais funcionários. “Reconhecemos, ainda, a competência de muitos professores do curso, mas a falta de infraestrutura, ausência de projeto pedagógico coerente e de qualificação, dentre outras deficiências, impossibilitam que esses docentes utilizem todo o seu potencial”, diz trecho de um informativo.
A legitimidade da greve dos estudantes foi reconhecida por outras 30 universidades de diversos estados. Por meio de nota, elas manifestaram o apoio. Eles também contaram com o apoio do Sindimed-MT e da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM).
Desde 2012 os estudantes cobram melhorias, ou seja, desde quando foi instituído na universidade. A construção do bloco, que foi iniciada no mesmo ano, ainda não foi finalizada. Em junho do ano passado, a reitoria havia prometido que a entrega do bloco aconteceria em março de 2014, o que não aconteceu. (Diário de Cuiabá)