As demissões em massa no governo do Estado continuam e já somam mais de 600 exonerados. Por outro lado, o governador Pedro Taques (PDT) tem evitado nomear em substituição e deve aguardar a reforma administrativa passar pela Assembleia Legislativa para terminar de montar sua equipe. A expectativa do pedetista é de eliminar até 2 mil cargos.
Na publicação do diário oficial de ontem foram mais de 250 exonerados e 15 Pastas foram atingidas pelas demissões.
O alvo principal foi a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, gerida por Marcelo Duarte, com 47 demissões, seguida da Cultura, Esporte e Lazer, comandada pelo maestro Leandro Carvalho, em que foram 37 exonerações. Na sequência, a Secretaria de Cidades, de Eduardo Chiletto, teve 32 demitidos.
O gabinete da Vice-governadoria, que já havia anunciado uma redução de 73% no número de cargos comissionados, contabilizou 23 exonerações na publicação de ontem, mas já ultrapassa 30 o número de demitidos no setor. Carlos Fávaro (PP) já tinha o compromisso de assumir o cargo com uma equipe reduzida, ao contrário do ex-vice-governador Chico Daltro (PSD), que tinha superpoderes e diversos órgãos vinculados à Vice-governadoria.
A pasta de Gestão, antiga Administração, também tem passado por um “corte” drástico na gestão, o qual somou 16 demissões. Na Secretaria de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária, comandada por Suelme Fernandes (PSB), que já anunciou uma redução de 60% na estrutura da Pasta, foram exonerados mais seis servidores. Na semana passada foram demitidos 62 e mais 40 no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat).
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), que também é ligado à Seaf, teve mais oito demitidos.
Pedro Taques já vem anunciando as exonerações desde antes da posse e a maioria dos servidores comissionados já aguardava a demissão devido à mudança de governo. Mesmo assim, o governador disse que teria cautela por entender a preocupação que gera a exoneração. Por enquanto, o chefe do Executivo vem priorizando a nomeação em cargos do primeiro e segundo escalões, além de assessores e diretores. Os demais cargos como de coordenação ou gerência deverão ficar vagos até fevereiro, quando a expectativa é de que a Assembleia vote a reforma administrativa.
O projeto de reforma administrativa ainda está sendo elaborado e será enviado logo no início da nova legislatura, que toma posse no dia 1º de fevereiro.