De acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), na primeira etapa de vacinação contra febre aftosa, de 1º a 31 de maio, foram vacinados 12.002.700 bovinos e bubalinos, correspondente a 99,8% de um total de 12.028.695 dos animais com até dois anos de idade.

Oitocentas propriedades localizadas na região de fronteira Brasil/Bolívia, nos municípios de Cáceres, Porto Espiridião e Vila Bela da Santíssima Trindade, foram acompanhadas por 22 equipes do Indea. Nesse período foram realizadas vacinações oficiais em 3.049 propriedades rurais, ocasião em que os animais são vistoriados para verificação da sanidade do rebanho.

Nesta etapa, o Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (Fesa-MT) doou 90 mil doses de vacina contra febre aftosa para a Bolívia, sendo 70 mil doses entregue ao Comitê Internacional Misto Brasil Bolívia (CIMBB), em San Matias (divisa com Cáceres e Porto Espiridião) e 20 mil doses para o município de San Ignácio de Velasco, que faz divisa com Vila Bela da Santíssima Trindade.

A última ocorrência de febre aftosa em Mato Grosso foi registrada em 1996. Atualmente o estado é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação.

A meta para todos os países da América do Sul, constante no Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), é a erradicação da doença até 2020.

Imunidade do rebanho

Em estudo de sorologia realizado nos meses de abril e maio de 2014, foram coletados materiais de animais de propriedades em municípios de fronteira e não-fronteira, com o objetivo de estimar a cobertura vacinal da população bovina localizada nos Estados livres de febre aftosa com vacinação.

As amostras foram colhidas em propriedades sorteadas pelo Mapa, em bovinos de 6 a 24 meses de idade. De acordo com o resultado do estudo, Mato Grosso foi classificado no Grupo 1, com excelente nível de imunidade do rebanho, com valores acima de 90%, o que indica que a vacinação está sendo efetivamente executada pelos produtores rurais, ratificando as altas taxas de vacinação, superiores à 99% nas últimas etapas de vacinação.