A Secretaria de Estado de Segurança Pública encaminhou um documento à Polícia Federal solicitando a inclusão do nome do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) na lista de procurados da Internacional Criminal Police Organization (Interpol).
O pedido foi oficializado na manhã da última quarta-feira (16).
A medida limita os deslocamentos do ex-governador, que pode ser interceptado em qualquer aeroporto internacional.
Além disso, o mandado de prisão é comunicado a todos os países-membros da organização.
A Interpol mantém representação em 190 países, o que facilita a cooperação entre as polícias internacionais.
A reportagem buscou o nome de Silval na lista de dados da Interpol, mas, até a manhã desta quinta-feira (17), seu nome ainda não havia sido inserido.
Prisão preventiva
Silval teve a prisão preventiva decretada pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Ele está foragido desde a última terça-feira (15), quando foi deflagrada a Operação Sodoma, da Polícia Civil.
O ex-governador é acusado de integrar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, a partir do pagamento de propina para concessão de benefícios fiscais em Mato Grosso, por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
“Foragido”
O advogado Francisco Faiad, que compõe a defesa de Silval, criticou o fato de o ex-gestor ser considerado "foragido".
"Ele não é foragido, estava em viagem. Ele não foi encontrado em sua residência e já é considerado foragido?”, questionou.
A defesa também classifica como “infundadas” as acusações imputadas a ele, já que, segundo os advogados, não há elementos que comprovem a responsabilidade de Silval sobre os fatos.
Os advogados disseram também que a apresentação do ex-governador será tratada diretamente com as autoridades responsáveis.