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Natal e Ano Novo
Por por Ernani de Souza
30/12/2015 - 11:55

Foto: arquivo

Comemorações que movem nossos espíritos e mexem em nossos bolsos, mas, nem por isso, considero que seja um período que alimente o tal consumismo, aliás, num país onde miséria e pobreza ainda sobrevivem na manjedoura da desigualdade de renda.

 

Não é fácil manter a alma elevada em momento de crise pelo qual passamos, decorrente de ações irresponsáveis impostas pelo poder incumbente, dialeticamente, em nome do dito social.

 

Todavia, o jeitinho brasileiro, solidário, para este momento especial comemorativo, haverá de encontrar meios para manter a tradição festiva em homenagem e esperança ao "Desejado de Todas as Nações" e nas perspectivas promissoras que cada Novo Ano nos aventa.

Comemorações que movem nossos espíritos e mexem em nossos bolsos, mas, nem por isso, considero que seja um período que alimente o tal consumismo

 

Isto posto, bom seria que as pesquisas de preços dos ítens da ceia fossem previamente efetuadas; que a busca por produtos alternativos e/ou substitutos fossem considerados nas compras e composição da cesta comemorativa, visando com isso viabilizar não-somente, esse consumo relevante do período, mas, principalmente, a alegria e união familiar junto aos amigos de todas as horas.

 

Outra oportunidade possível, seria ir em busca de prestadores de serviços de alimentação, no seu bairro ou fora dele,  que ofereçam ceias atrativas e acessíveis a serem rateadas entre familiares e amigos.

 

Além das sugestões solidárias e econômicas de consumo, proponho, também, algumas dicas de presentes.

 

Como já mencionado, apesar da crise, dê bons livros de presente, e, se possível, presenteie alguém com uma poupança e procure mantê-la ativa por um bom período, por mais que sua renda disponível esteja no limite de sua propensão a poupar.

 

E mais: preferencialmente, abram essa poupança em banco privado.

 

Nada contra os bancos públicos, pelo contrário, se tenho casa é porque me beneficiei de um sistema financeiro de habitação público, se tenho meus papagaios em dia é porque, também, busquei recursos emprestáveis (de primeira instância) nos tradicionais bancos públicos.

 

Portanto, a idéia de poupança privada objetiva desafogar a demanda por crédito e outros serviços (uma andadinha de bicicletinha aqui, outra ali...) que sobrecarregam os bancos públicos, limitando sua alavancagem efetiva e funcionalmente social.

 

Poupança nacional é caminho para dar sustentabilidade a investimentos dinâmicos e sistêmicos; garantir a faculdade ou um bom curso profissionalizante a seu filho ou alguém que você estima; proporcionar o financiamento do espírito empreendedor-inovativo desses mesmos entes que você tanto preza; garantir recursos para uma ação de caridade e/ou filantrópica, e, ainda, possibilitar a ampliação e barateamento do custo do crédito pessoal e produtivo.

 

Fiquemos na esperança e expectativa racional do espírito natalino e das perspectivas do ano vindouro, respectivamente, norteados pelo trabalho, justiça e igualdade para o enfrentamento da concentração de renda proporcionada, também, pela insuficiência de ética.

 

E é só.

 

ERNANI LÚCIO PINTO DE SOUZA é economista do Niepe/FE/UFMT, mestre em Planejamento do Desenvolvimento pela Anpec/Naea/UFPA e conselheiro do Codir/ Fiemt pelo Corecon-MT.

elpsouza@ufmt.br

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