Quatro municípios de Mato Grosso vão receber os estudantes: Alto Paraguai, Cáceres, Poxoréu e Santo Afonso.
A escolha levou em conta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e também as dificuldades enfrentas pela população. Até o dia 23 de janeiro, diversas oficinas serão realizadas, juntando teoria e prática.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) participa da iniciativa, através de equipes dos campi unviersitários Jane Vanini, de Cáceres, e Renê Barbour, de Barra do Bugres. O coordenador dos alunos da equipe de Barra do Bugres, o professor do curso de Arquitetura, João Mário de Arruda Adrião, destaca que a seleção dos alunos participantes não foi fácil, e dos seis cursos, três têm representantes entre os alunos escolhidos. “Nossa preocupação era buscar assunto em comum. Fizemos uma lista com assuntos que gostaríamos de trabalhar e os alunos foram escolhendo os temas que tinham mais habilidade, estudaram o assunto mais a fundo e prepararam as oficinas de apresentação”, conta o professor.
Durante o lançamento da Operação Paiaguás, realizado neste sábado (9), em Cuiabá, o governador Pedro Taques ressaltou que os objetivos só serão alcançados com a ajuda de todos. “Os alunos têm um papel significativo neste momento que estamos vivendo. Eles agarraram o projeto com unhas e dentes. Os alunos vão conhecer pessoas com problemas diversos e precisam lembrar que a nossa sociedade precisa ser mais livre, mais justa e mais solidária. Eu acredito no Projeto Rondon. Quando descobri que havia a possibilidade de uma edição regional, buscamos imediatamente a implantação aqui no Estado e estamos concretizando isso neste momento”. O Gabinete de Governo e a Casa Civil foram as pastas responsáveis pela articulação, execução e apoio do Estado à ação. Além da Unemat, , também participam do projeto alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) e da Universidade de Cuiabá (Unic).
O secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, Ricardo Machado Vieira, participou da abertura dos trabalhos em Mato Grosso e ressaltou a importância do Projeto Rondon. “É a intenção do Ministério da Defesa ampliar essas atividades, dentro das nossas limitações, para que mais municípios possam ser alcançados. Estamos modificando um pouco a ideia e este é o primeiro ano que desenvolvemos o projeto regionalmente. Mato Grosso é primeiro estado com essa nova visão, mas isso é produtivo porque reduz custos com deslocamentos, principalmente pelo fato de usar estudantes do próprio estado, que vão ter um conhecimento mais profundo da realidade local”.
Projeto Rondon
O Projeto Rondon nasceu em julho de 1967, mas teve suas atividades encerradas em 1989. Em 2005 foi reativado devido ao pedido de alunos universitários. O projeto é uma ação governamental do Ministério da Defesa por meio das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), que dividem a coordenação e apoio à execução.
Já o nome é uma homenagem ao marechal mato-grossense Cândido Marino da Silva Rondon, considerado Patrono das Comunicações no Brasil e com feitos reconhecidos mundialmente. Até 5 de maio deste ano, Mato Grosso vive o ano de Rondon, em homenagem aos 150 anos de nascimento de Marechal Rondon.